sexta-feira, 2 de março de 2012


Mariana Costa/UnB Agência
 

Aldo Rebelo garante que o Centro Olímpico/UnB terá verba para reforma
O ministro do Esporte se comprometeu a tentar reverter o contingenciamento da emenda parlamentar no valor de R$ 20 milhões destinada à recuperação do Centro Olímpico da UnB
Diogo Lopes de Oliveira - Da Secretaria de Comunicação da UnB


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O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, afirmou que os R$ 20 milhões destinados à revitalização do Centro Olímpico da Universidade de Brasília estão garantidos. Originário de emenda proposta pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), o recurso foi cortado pela presidente Dilma Rousseff no contingenciamento do orçamento anunciado no último dia 15. “Vamos tentar reverter a emenda. Se não conseguirmos reverter o contingenciamento, teremos que encontrar recursos de toda forma", disse durante a abertura do II Seminário de Políticas Públicas de Lazer e Esporte, organizado pelo Núcleo da Rede Cedes da UnB. “Tenho conhecimento da atual situação do Centro Olímpico da UnB", completou.
Aldo Rebelo enfatizou que Brasília, por ser capital do país, tem vocação para realizar grandes eventos, entre eles, os esportivos. O ministro defende ainda que as universidades possuem a experiência e o conhecimento para ser uma das bases da política nacional do esporte.
O diretor do Centro Olímpico da UnB, André Reis, assegurou que vai procurar o ministro para tentar reverter a situação da emenda parlamentar contingenciada. Ele acredita, no entanto, que a liberação da verba envolve uma ação conjunta dos ministérios do Esporte e da Educação. "O Ministério da Educação é responsável pela formação de profissionais na área da Educação Física e o Ministério do Esporte fomenta os esportes universitários", disse. “Acredito no diálogo intersetorial”, finalizou.
A professora Dulce Filgueira, da Faculdade de Educação Física, organizadora do seminário, lamentou a perda dos recursos.  da emenda parlamentar proposta pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB/DF). “Existe o desafio que deve ser enfrentado dentro da própria universidade, pois a Educação Física deve ocupar um papel diferente. Ainda há preconceito contra a área”, defendeu a professora. Ela destacou que os objetivos do encontro são exatamente os de aumentar a massa crítica sobre temas relacionados ao esporte e ampliar a perspectiva de articulação política para minimizar os impactos dos megaeventos como a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016. A mesa de abertura do encontro contou com a presença do reitor em exercício da UnB, João Batista de Sousa.
Mariana Costa/UnB Agência
 
BRASIL – Segundo o ministro, o Brasil foi omisso durante toda a sua história com a prática esportiva. “O país não possui uma política nacional de esportes. O que existe é fragmentado. A nossa rede escolar, por exemplo, não oferece condições para a prática do esporte. Nós, lá atrás, não nos preparamos para isso”, afirmou. De certa, esse descaso é contraditório, pois como afirmou o minsitro: “O futebol, por exemplo, deu ao povo brasileiro as suas primeiras celebridades e um novo sentido de identidade”.
Por isso, de acordo com Aldo Rebelo, o Brasil possui agora desafios importantes para realizar os iminentes megaeventos. Em diversas áreas como as engenharias civil e de telecomunicações o país precisa avançar em curto período. Ele defendeu ainda que é dever do Estado propiciar essas inovações. “Algumas pessoas possuem um argumento raso de que o governo aplica dinheiro público em estádios, aeroportos, metrô, para atender aos megaeventos. Mas ninguém questiona quando esses mesmos recursos são destinados à industria automobilística, que também se vale de renúncia fiscal”, finalizou.
Entre as vantagens de sediar megaeventos esportivos, Coakley cita que as pessoas aprendem mais sobre saúde, se interessam por atividades esportivas e os professores podem desenvolver conteúdos baseados nas experiências dos estudantes para estimulá-los a praticar esportes.EXTERIOR – Os Estados Unidos foram sede de quatro jogo olímpicos de verão na era moderna. O professor da Universidade do Estado do Colorado, Jay Coakley, explica que a partir dessa experiência, o Brasil precisa estabelecer planos específicos para que os legados dos jogos possam ser usufruídos pela população em geral. “Os benefícios não acontecem automaticamente. É preciso que haja planejamento”, garantiu.
“É preciso trazer as vozes para o processo de construção dos jogos. De outra maneira, os benefícios dos jogos irão para pequenos grupos de pessoas como donos de construtoras, de hotéis e políticos, entre outros”, analisou o professor Coakley.

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