Cristovam manda grevista invadir Estádio Nacional
Publicado por Brauna em 19 de março de 2012 às 08:59 | Comentários 0
O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) provocou polêmica neste fim de semana ao defender em seu microblog do Twitter (@Sen_Cristovam) a invasão do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha pelos professores em greve. Cristovam entende que, paralisando as obras, os grevistas forçariam a abertura de um canal de negociação.
Embora tenha sido aplaudida por uma minoria de tuiteiros que acompanha o senador, a proposta foi repudiada por parlamentares e professores.
- Seria mais vantajoso se invadíssemos o Congresso Nacional, porque lá há operários que, se desejarem, poderão efetivamente resolver os problemas dos grevistas, respondeu @WDourado (Washington), dirigente do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF).
Fora do Twitter, o deputado Patrício (PT), presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, estranhou a postura do senador. A seu ver, é uma incoerência, principalmente quando partida de um ex-governador que enfrentou 120 dias de greve de professores e foi ministro da Educação no primeiro governo Lula.
- Não acompanhei a discussão, mas vejo nessas declarações a clara intenção do senador em atrair simpatizantes para sua candidatura ao palácio do Buriti em 2014. Entendo, porém, que o caminho não é esse, disse Patrício.
Presente ao Twitter no momento dos debates, a deputada Arlete Sampaio (PT) preferiu ficar em cima do muro. Questionada sobre as declarações do senador, Arlete, que foi vice de Cristovam e acaba de deixar uma secretaria do governador Agnelo Queiroz, preferiu silenciar e desconectar seu endereço eletrônico.
Mas o deputado Dr. Michel (PSL) não deixou por menos.
- Sou frontalmente contrário a uma provocação dessas. Defendo o diálogo capaz de atender as necessidades dos grevistas dentro das condições do governo, respeitada a Lei de Responsabilidade Fiscal, postou o deputado no endereço @drmichelpsl.
Na avaliação do parlamentar, os professores têm maturidade para não aceitar a sugestão de Cristovam Buarque. Mesmo porque, sentenciou Dr. Michel, a ocupação não resolveria nada.
- O importante é manter a cabeça fria e correr atrás de uma solução, porque as crianças não podem ficar sem estudar. Mas, se de um lado o governador quer todo mundo em sala de aula, de outro precisa acenar com a isonomia dos professores com outras categorias de nível superior do Governo do Distrito Federal, defendeu.
A tese defendida por Cristovam Buarque chegou mesmo a ser comparada com uma apologia à desobediência civil – meio que a sociedade vê como alternativa para forçar o atendimento de suas diferentes reivindicações.
Mas houve quem lembrasse que a ocupação do Estádio Nacional, com a conseqüente paralisação das obras, como quer Cristovam Buarque, ou a invasão do Congresso Nacional, a exemplo da contraproposta do professor Washington Dourado, pode abrir sérios precedentes.
- E se os policiais e bombeiros militares que estão em estado de greve abraçarem a causa e invadirem o Estádio?, perguntou-se a Cristovam.
A resposta do senador foi evasiva.
- Isso não pode, porque eles (os militares) andam armados, disse, se esquecendo que quando não está em serviço, a categoria mantém seus revólveres guardados em casa.
Já o deputado Dr. Michel foi mais incisivo:
- Aí vira bagunça. E com bagunça ninguém deve compactuar, porque nem professor, nem policial militar, nem bombeiro é anarquista.
Entretanto, a polêmica foi criada. A oposição ao governo Agnelo, presente ao Twitter, deixou seus registros.
Do Estranho no Ninho (@DESILUDIDODF) leu-se que “o governo mente e a base alugada apóia. Como dialogar com quem falta com a verdade?”.
Por sua vez Leiliane Rebouças (@leilianereb) abraçou a causa de Cristovam, frisando que o senador “deu uma boa idéia para os indignados do Brasil, que deveriam criar o @ocuppyumestadio para se manifestar nas redes sociais em defesa do atraso das obras da Copa do Mundo.
Porém, nem tudo foram flores para o ex-governador e ex-ministro da Educação.
- Isso realmente não é nada didático, ponderou Vera Lima Bolognini (@veraeficaz).
As reações mais contundentes vieram do tuiteiros Edson Sousa (@edsongutemberg) – e com estas escolas medíocres eles (os alunos) estão aproveitando alguma coisa? – e de Fernando e Raphaela (@RaphaeFernando): Tinha que encher o estádio de político ladrão e jogar água dentro, porque somente assim os nossos problemas estariam resolvidos!
O melhor, entretanto, se leu no final. Invasão não é ato democrático, como lembrou o tuiteiro @es3vam. E completou: “Tamanha ingenuidade política não existe”.
Fonte: Notibras
Embora tenha sido aplaudida por uma minoria de tuiteiros que acompanha o senador, a proposta foi repudiada por parlamentares e professores.
- Seria mais vantajoso se invadíssemos o Congresso Nacional, porque lá há operários que, se desejarem, poderão efetivamente resolver os problemas dos grevistas, respondeu @WDourado (Washington), dirigente do Sindicato dos Professores (Sinpro-DF).
Fora do Twitter, o deputado Patrício (PT), presidente da Câmara Legislativa do Distrito Federal, estranhou a postura do senador. A seu ver, é uma incoerência, principalmente quando partida de um ex-governador que enfrentou 120 dias de greve de professores e foi ministro da Educação no primeiro governo Lula.
- Não acompanhei a discussão, mas vejo nessas declarações a clara intenção do senador em atrair simpatizantes para sua candidatura ao palácio do Buriti em 2014. Entendo, porém, que o caminho não é esse, disse Patrício.
Presente ao Twitter no momento dos debates, a deputada Arlete Sampaio (PT) preferiu ficar em cima do muro. Questionada sobre as declarações do senador, Arlete, que foi vice de Cristovam e acaba de deixar uma secretaria do governador Agnelo Queiroz, preferiu silenciar e desconectar seu endereço eletrônico.
Mas o deputado Dr. Michel (PSL) não deixou por menos.
- Sou frontalmente contrário a uma provocação dessas. Defendo o diálogo capaz de atender as necessidades dos grevistas dentro das condições do governo, respeitada a Lei de Responsabilidade Fiscal, postou o deputado no endereço @drmichelpsl.
Na avaliação do parlamentar, os professores têm maturidade para não aceitar a sugestão de Cristovam Buarque. Mesmo porque, sentenciou Dr. Michel, a ocupação não resolveria nada.
- O importante é manter a cabeça fria e correr atrás de uma solução, porque as crianças não podem ficar sem estudar. Mas, se de um lado o governador quer todo mundo em sala de aula, de outro precisa acenar com a isonomia dos professores com outras categorias de nível superior do Governo do Distrito Federal, defendeu.
A tese defendida por Cristovam Buarque chegou mesmo a ser comparada com uma apologia à desobediência civil – meio que a sociedade vê como alternativa para forçar o atendimento de suas diferentes reivindicações.
Mas houve quem lembrasse que a ocupação do Estádio Nacional, com a conseqüente paralisação das obras, como quer Cristovam Buarque, ou a invasão do Congresso Nacional, a exemplo da contraproposta do professor Washington Dourado, pode abrir sérios precedentes.
- E se os policiais e bombeiros militares que estão em estado de greve abraçarem a causa e invadirem o Estádio?, perguntou-se a Cristovam.
A resposta do senador foi evasiva.
- Isso não pode, porque eles (os militares) andam armados, disse, se esquecendo que quando não está em serviço, a categoria mantém seus revólveres guardados em casa.
Já o deputado Dr. Michel foi mais incisivo:
- Aí vira bagunça. E com bagunça ninguém deve compactuar, porque nem professor, nem policial militar, nem bombeiro é anarquista.
Entretanto, a polêmica foi criada. A oposição ao governo Agnelo, presente ao Twitter, deixou seus registros.
Do Estranho no Ninho (@DESILUDIDODF) leu-se que “o governo mente e a base alugada apóia. Como dialogar com quem falta com a verdade?”.
Por sua vez Leiliane Rebouças (@leilianereb) abraçou a causa de Cristovam, frisando que o senador “deu uma boa idéia para os indignados do Brasil, que deveriam criar o @ocuppyumestadio para se manifestar nas redes sociais em defesa do atraso das obras da Copa do Mundo.
Porém, nem tudo foram flores para o ex-governador e ex-ministro da Educação.
- Isso realmente não é nada didático, ponderou Vera Lima Bolognini (@veraeficaz).
As reações mais contundentes vieram do tuiteiros Edson Sousa (@edsongutemberg) – e com estas escolas medíocres eles (os alunos) estão aproveitando alguma coisa? – e de Fernando e Raphaela (@RaphaeFernando): Tinha que encher o estádio de político ladrão e jogar água dentro, porque somente assim os nossos problemas estariam resolvidos!
O melhor, entretanto, se leu no final. Invasão não é ato democrático, como lembrou o tuiteiro @es3vam. E completou: “Tamanha ingenuidade política não existe”.
Fonte: Notibras
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