quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Você conhece o CBCE?


CARTA DO CBCE AOS PESQUISADORES DO CAMPO DA EDUCAÇÃO FÍSICA BRASILEIRA

Como entidade científica que congrega pesquisadores ligados à Educação Física/Ciências do Esporte no Brasil, o Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (CBCE), por meio desta carta, intenta dialogar e contribuir afirmativamente com os processos que atualmente delineiam a pós-graduação stricto sensu da área.

A história da Educação Física testemunha a dificuldade da sua constituição e legitimação como campo científico, uma vez que se compõe em torno de um objeto de estudo, cuja principal característica é a multi/interdisciplinariedade (reconhecida no Comunicado 002/2012 – Área 21: Educação Física – CAPES), sobretudo das áreas biológicas e das humanidades. Certa cisão e polarização entre essas áreas pode fazer o pêndulo ora estar de um lado, ora estar de outro, o que, na compreensão do CBCE, não traz benefícios à Educação Física como campo científico unitário que já legitimou seu objeto de estudo junto à comunidade científica, incluindo-se as agências de fomento à pesquisa no Brasil.

O CBCE reconhece que na direção da consolidação da Educação Física como campo de produção de saberes, a sua incorporação pela Área 21 da CAPES promoveu avanços importantes no que tange a uma política de produção e circulação desses saberes, dentre os quais:

1) Qualificação dos Periódicos da Educação Física – dentre os quais figura a RBCE – por meio do atendimento a critérios mais rigorosos de publicação, o que concorreu para o estabelecimento de uma periodicidade mais consistente das revistas, assim como da composição de um corpo editorial mais qualificado e da conquista de indexadores bastante respeitados no mundo acadêmico; O CBCE também apóia as iniciativas do Representante da área na Capes, Prof. André Rodacki, referente à valorização dos Editores e Pareceristas de Revistas da área no Brasil através da pontuação destas atividades dentro da avaliação da Capes.

2) Qualis-Livro – A organização dos critérios para a avaliação de livros foi um importante avanço da área, no sentido de contemplar a produção de conhecimento nesse formato.

3) Aumento do número de Cursos de Mestrado e Doutorado em Educação Física no Brasil na última década.

Apesar desses avanços, são necessárias mais mudanças. De fato, a necessidade da valorização da produção na área e os ajustes que considerem as características da produção do conhecimento de pesquisadores de diferentes vertentes continua presente e atual e o CBCE se dispõe a contribuir e propor soluções para esta questão.

Se é verdade que já sabemos que o objeto da nossa área é e continuará sendo investigado, discutido e representado na literatura científica a partir de diferentes enfoques, abordagens e linguagens, não podemos deixar de observar que os critérios atualmente estabelecidos pelos processos avaliativos da pós-graduação stricto sensu ainda não conseguem abranger essa pluralidade.

Mais do que analisar os critérios para a avaliação dos periódicos, um aspecto preocupante do sistema de avaliação é a característica fundamental de demarcação de estratos que obriga a ocupação destes mantendo sempre um corpo de Revistas nos estratos mais baixos. Um avanço significativo nesse problema foi dado ao se criar critérios mais contundentes no sentido de valorizar a produção na área, enquanto que Periódicos com menos relação com a área ocupam os estratos inferiores da avaliação.

Ora, não apenas os modos de fazer pesquisa, como também os próprios tempos de investigação, se distinguem quando comparamos as estratégias de pesquisa, não somente entre as áreas biológicas e humanas, mas na grande variedade de métodos e estratégias dentro de suas áreas. Novamente, um elemento definidor do que é impactante para o ensino das práticas corporais, independentemente da linguagem e das estratégias de pesquisa, mas que tenham relação direta com os campos de atuação do treinamento, da escola, da saúde e do lazer, poderia ser um critério de definição para a ocupação dos estratos do Qualis Periódicos.

Há ainda a evasão de pesquisadores de distintas áreas da Educação Física (Ciências Biológicas e, especialmente, Ciências Humanas), para Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação e/ou Multidisciplinares, por terem seus enfoques e abordagens contemplados nesses perfis de programa.

Por último, é preciso reverter a desigualdade regional da produção da Educação Física Brasileira, visto que a Pós-Graduação em Educação Física está localizada, preponderantemente, nas regiões sudeste e sul do país, com apenas um curso na região Centro-Oeste e outros dois na região Nordeste. O CBCE tem trabalhado no sentido de incentivar a criação de novos programas nessas regiões e também na formação de pessoal nas Universidades do Norte, Nordeste e Centro-Oeste através de Mestrados e Doutorados Interinstitucionais.

Afinal, em termos de política científica, parece ser mais salutar que, mais além da adequação da Educação Física ao que está circunscrito na Área 21 da CAPES, os critérios do campo científico da Educação Física, orientados pela sua inegável pluralidade, é que devam delinear o que se produz em termos de pós-graduação em nossa área no Brasil.

A Direção Nacional do CBCE entende que a análise contínua dos meios de avaliação da área e o avanço de propostas que mantenham esse processo de mudança na avaliação, por meio de um diálogo ininterrupto, é fundamental. Além disso, acreditamos que o CBCE, como sonhado desde seu embrião e reafirmado ao longo de seus 34 anos, tem o papel de funcionar como um catalisador desse processo, pois se configura, como observado no artigo primeiro do seu Estatuto, “uma associação científica que congrega Profissionais e Estudantes que possuem em comum o interesse pelo desenvolvimento dos estudos e pesquisas relacionadas à área acadêmica convencionalmente denominada Educação Física”.

Os apontamentos aqui sublinhados não visam alimentar divisões, e sim uma convivência mais amadurecida científica e politicamente no campo da Educação Física Brasileira; para que nossa área possa continuar instigando um sem-número de pesquisadores a produzirem saberes e fazeres mais conectados com a vida, portanto, comprometidos com as necessidades educativas, tecnológicas e culturais de uma sociedade complexa e em constante mudança.

Leonardo Alexandre Peyré Tartaruga
Presidente do CBCE
Gestão 2011-2013


COLÉGIO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE – DN
Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Escola de Educação Física
Rua Felizardo, 750, Jardim Botânico, Porto Alegre – RS – Cep 90690-200
Fone: (51) 3308-5838 E-mail: cbce@ufrgs.br – Home page: www.cbce.org.br
Gestão 2011/2013 Associado à SBPC – CNPJ nº 51.146.611/0001-83

terça-feira, 23 de outubro de 2012

8ª. Turma Curso de Disseminação da Metodologia do PAIR


Prezad@s Parceir@s
 
 Com os nossos cumprimentos, levamos ao seu conhecimento que no período de 23 de outubro a 01 de novembro/2012, estarão abertas as inscrições para a 8ª. Turma Curso de Disseminação da Metodologia do PAIR, no formato à distância, promovido pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, atendendo ao PNEVSCA, através do Instituto Aliança.
Para a 8ª Turma do Curso serão reservadas até 200 vagas por cidade (Brasília, Cuiabá e Manaus) que sediará a Copa 2014, a serem preenchidas, preferencialmente, por profissionais que atuam na área de violência sexual contra crianças e adolescentes.
O curso dará ênfase ao desenvolvimento do tema “Violência Sexual contra crianças  e adolescentes, com foco no atendimento de casos de violência sexual vítimas de violência sexual no contexto dos megaeventos desportivos e grandes obras.
O curso está estruturado em 8 módulos correspondendo a 40 horas, mesclando conteúdos e práticas que promovam o fortalecimento das redes de proteção no município. Ao final do curso os participantes serão certificados em nível de extensão pela Universidade do Estado do Ceará.
As inscrições serão via on-line plataforma LEVEAD (disponível a partir do dia 23.10.2012), pelo site:  www.levead.com.br/pair  
Seria importante que dentre as 200 vagas do DF participassem profissionais da Secretaria de Educação
Eu fiquei responsável pela mobilização e pelas informações do curso aqui no DF e me coloco à disposição para outras informações.
Att
Karina Figueiredo
Comite Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Ciclo de Debates discute Educação Física: SINPRO-DF

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Segunda-Feira, 22 de Outubro de 2012
:: Ciclo de Debates discute Coordenação Pedagógica e Educação Física ::
Ciclo de Debates Pedagógicos tem abordado diversos pontos que viabilizam o enriquecimento pedagógico das escolas. Nesta quarta, dia 24, serão debatidos dois temas: Coordenação Pedagógica e Educação Física.
O público alvo do Ciclo de Debates são professores da rede pública de ensino, orientadores, coordenadores pedagógicos e as direções das escolas.
Veja abaixo as datas e temas abordados:
05/10 (sexta-feira)
19h     Plano Distrital de Educação (PDE) – Uma construção coletiva
Local – Sede do Sinpro-DF
11/10 (quinta-feira)
8h      O PDE e o Ensino Especial: Inclusão
14h     O PDE e o Ensino Médio
Local – Sede do Sinpro-DF

19/10 (sexta-feira)
8h       Projeto Político Pedagógico – PPP (Debate)
14h     Projeto Político Pedagógico – PPP (Oficinas)

19h      PDAF – Democratização do Recurso na perspectiva da Gestão Democrática
Local – Sede do Sinpro-DF
24/10 (quarta-feira)
8h      Coordenação Pedagógica: Vivência
14h    Educação Física
Local – Sede do Sinpro-DF
rodape

ESCALA: Semana de arquitetura e Urbanismo - SUSTENTABILIDADE



ESCALA: Semana de
 Arquitetura e Urbanismo


O EVENTO

O Centro Acadêmico da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília - CAFAU/UnB, em parceria com o Centro de Ação Social em Arquitetura e Urbanismo Sustentável - CASAS, realiza, em 2012, a ESCALA: Semana de arquitetura e Urbanismo.  O evento estará vinculado à Semana de Extensão da UnB, sendo assim, aberto a toda a comunidade e conta com o o apoio da UnB, da FAU-UnB, FENEA , CADIN, Conselho de Arquitetura e Urbanismo  e outros.

A intenção é colocar em discussão novas formas de pensar e fazer Arquitetura e Urbanismo, gerando reflexões e instigando a criatividade para solucionar problemas do cotidiano. Assim, buscamos expor visões que proporcionem o conhecimento integrado e a consciência crítica sobre questões sociais, ambientais e econômicas. 

23/10/12 (amanhã) - Interconexão Emergência Climática,Construção das cidades,Sociedade e Sustentabilidade, Minicurso ministrado pelo Prof. Roberto Lenox integrante da coordenação nacional do SOS CLIMA TERRA e conferencista internacional.    INSCREVA-SE gratuitamente abaixo.

TEMÁTICA
O tema desta edição vem na forma de um questionamento:
Quantas Faces a Cidade Tem?

Com essa abordagem, pretendemos discutir Brasília e seu entorno como uma unidade, abordando a segregação socio-espacial, processos de urbanização e os agentes construtores do espaço urbano, sempre buscando novas alternativas sustentáveis para os problemas urbanos. A partir do questionamento, estabelecemos alguns Eixos Temáticos:

O Indivíduo e a Cidade
Como uma pessoa pode participar da construção da cidade? Queremos abordar a relação direta do indivíduo com a cidade, considerando o modo como as atitudes individuais influenciam na construção de uma cidade e no sentido inverso: como a cidade influencia seu modo de ser a agir.

A Sociedade e a Cidade
Aqui queremos trabalhar em uma escala ampliada: organizadas, as pessoas representam alguma força importante nas decisões?
Queremos abordar as relações sociais, ambientais e econômicas que atuam no ambiente urbano.

A Universidade e a Cidade
Qual o papel da universidade nas discussões? Será que a nossa universidade está ajudando de forma efetiva na construção de uma cidade mais justa, ou apenas estamos repetindo os velhos erros de sempre?
Queremos contribuir para discutir o tripé das universidades - ensino, pesquisa e extensão, promovendo uma atuação focada na relação da prática com a teoria. 


INSCRIÇÕES


Mais info-   sosclimaterra.org        61 8235 4030 



Eric Hobsbawm e o Futebol


Em um dos seus textos, Hobsbawm afirmou que um historiador social não podia negligenciar nem a economia nem Shakespeare. Deveria analisar não somente os aspectos econômicos da vida em sociedade como as idéias, a linguagem e o imaginário coletivo. Para ele, o futebol não era apenas um esporte. Era arte e paixão popular, ou culto proletário de massa.


Eric Hobsbawm, um dos maiores historiadores do século XX, falecido em 1º de outubro último, trilhou caminhos pouco frequentados pelo mundo acadêmico. Dentre tantos outros temas, conhecia jazz, artes plásticas e futebol, jogo que está, por exemplo, no seu A Era dos Extremos:
“O esporte que o mundo tornou seu foi o futebol de clubes, filho da presença global britânica... Esse jogo simples e elegante, não perturbado por regras e/ou equipamentos complexos, e que podia ser praticado em qualquer espaço aberto mais ou menos plano do tamanho exigido... tornou-se genuinamente universal.” 

Tomei contato e conhecimento do interesse de Hobsbawm pelo futebol em 1976. Para minha alegria de botafoguense apaixonado e historiador recém-formado, soube do seu gosto pelo futebol. Torcedor do Arsenal, ele não só gostava como entendia do jogo. E isto era raro. 

Afinal, como disse certa vez Edgar Morin: “o estudo dos fenômenos desacreditados é igualmente desacreditado”. E, naquela época, nos meios universitários do Brasil e de todo o mundo, nada mais desacreditado que o futebol. Os professores doutores, salvo raras exceções, eram típicos intelectuais de laranja, cunhados por Nelson Rodrigues, que não sabiam bater nem um reles escanteio. Olhavam o futebol com o nariz em pé. 

Assim que soube da novidade, recorri ao amigo e sociólogo Luciano Costa Neto, que começara a traduzir A Era do Capital para o português. 
Encaminhei, por Luciano, algumas perguntas por escrito a Hobsbawm em um dos encontros que tiveram para ajustar pontos da tradução.

Na resposta, devidamente anotada por Luciano, Hobsbawm falava que não só o futebol era um assunto de relevo para os historiadores, mas contava da sua admiração pela seleção brasileira e por dois jogadores em particular: Gerson e Tostão. E ia além, relembrando dois jogos da Copa de 70: Brasil x Itália e Brasil x Inglaterra. Deste último jogo retinha na memória a trama do gol brasileiro feito por Jair. 

E não foram citados apenas Tostão e Gerson. Hobsbawm disse a Luciano da sua decepção em nunca ter visto Garrincha atuar em campo. 

Quase 20 anos mais tarde deixaria registrado: “...e quem, tendo visto a seleção brasileira em seus dias de glória, negará sua pretensão à condição de arte?...” ( A Era dos Extremos)

Para Hobsbawm, o futebol bem praticado não era apenas um esporte. Era arte e paixão popular, ou culto proletário de massa. 

Autor de livros que inovaram a compreensão do mundo contemporâneo: A Era das Revoluções (1789–1848); A Era do Capital (1848–1875); A Era dos Impérios (1875–1914) e A Era dos Extremos (1914– 1991), encantou leitores e críticos de várias correntes do pensamento, independente de filiação ideológica ou político-partidária. 

Marxista, avesso a análises reducionistas e dogmáticas, Hobsbawm foi um estilista erudito e original, senhor de uma narrativa leve e sofisticada, respeitado até mesmo por críticos contundentes, como Tony Judt.

Em um dos seus textos afirmou que um historiador social não podia negligenciar nem a economia nem Shakespeare. Deveria analisar não somente os aspectos econômicos da vida em sociedade como as idéias, a linguagem e o imaginário coletivo.

Foi exatamente isto que ele fez em seus escritos. O contraponto entre as relações econômicas e culturais está presente em sua vasta obra, inclusive quando aborda o futebol, como nesta passagem de Mundos do Trabalho, recuando ao período de profissionalização/popularização do futebol inglês. 

“O futebol como esporte proletário de massa – quase uma religião leiga – foi produto da década de 1880, embora os jornais do norte já ao final da década de 1870 houvessem começado a observar que os resultados de jogos de futebol, que eles publicavam somente para preencher espaço, estavam na verdade atraindo leitores. O jogo foi profissionalizado em meados da década de 1880...”

O surgimento dos Esportes Modernos (dentre os quais o futebol) na segunda metade do século XIX foi analisado por Hobsbawm em sintonia à consolidação do Estado-Nação da era moderna.

Em A Invenção das Tradições (escrito com Terence Ranger), o futebol é identificado como uma entre muitas formas de expressão e símbolo da nacionalidade, como mais um modo de coesão necessário à nação moderna.
Discorrendo sobre as décadas de 1880 e 1890 na Inglaterra, Hobsbawm reafirma a importância do tema:

“Pela história das finais do campeonato britânico de futebol podem-se obter dados sobre o desenvolvimento de uma cultura urbana operária que não se conseguiram através de fontes mais convencionais.” (A Invenção das Tradições).

Ainda em A Invenção das Tradições, Eric Hobsbawm volta seu olhar para o vestuário operário, associando a utilização do boné como meio de identificação e expressão de classe fora do trabalho. E mais uma vez, o futebol é mencionado:

“Na Grã-Bretanha, ao menos, segundo indícios iconográficos, os proletários não eram universalmente relacionados ao boné antes da década de 1890, mas no fim do período eduardino – como provam fotos de multidões saindo de jogos de futebol ou de assembléias – tal identificação era quase completa. A ascensão do boné proletário ainda está à espera de um cronista. Ele ou ela, supostamente, descobrirá que sua história tem relação com a do desenvolvimento dos esportes de massa, uma vez que este tipo específico de chapéu surge a princípio como acessório esportivo entre as classes alta e média.” (A Invenção das Tradições)

O vínculo entre o boné, o futebol e o vestuário dos trabalhadores ingleses é ainda mais forte e estreito do que Hobsbawm supunha. Pelo regramento do futebol inglês, a presença do juiz data de 1863. Mas por 21 anos o poder do juiz ficaria subordinado aos capitães das equipes.

E os capitães ou “reclamadores” utilizavam um bonezinho para se diferenciarem dos demais. Boné que em inglês é cap. De cap para capitão foi um pulo. O fato é que o reclamador ficou conhecido como o capitão do time, produto deste antigo costume britânico.

Assim, é possível depreender que a utilização do boné (cap) pelo capitão (ou reclamador) no futebol foi um dos fatores que contribuiu para a disseminação do boné entre as classes populares inglesas e, posteriormente, em quase toda a Europa Ocidental.

Para Hobsbawm, não apenas a história do vestuário proletário não foi escrita mas também a da cultura do futebol na transição do século XIX para o século XX, na Inglaterra:

“A natureza da cultura do futebol neste período – antes de haver penetrado muito nas culturas urbanas e industriais de outros países – ainda não foi bem compreendida. Sua estrutura socioeconômica, porém, é mais compreensível. A princípio desenvolvido como esporte amador e modelador do caráter pelas classes médias da escola secundária particular, foi rapidamente (1885) proletarizado e portanto, profissionalizado; o momento decisivo simbólico – reconhecido como um confronto de classes – foi a derrota dos Old Etonians pelo Bolton Olympic na final do campeonato de 1883.” (A Invenção das Tradições). 

Entre 1890 e 1914, a popularização do futebol inglês registrou um crescimento avassalador. Os jogadores de futebol eram oriundos das fábricas, escolhidos entre os operários mais habilidosos, ao contrário do que acontecia no boxe, onde o critério de escolha levava mais em conta a força e o tamanho dos futuros atletas. 

Em A Era dos Impérios, Hobsbawm identifica a existência de cerca de 1 milhão de jogadores de futebol na Inglaterra antes de 1914 frente a uma população geral de cerca de 31 milhões de habitantes.

Abordando o período entre guerras (1918-1939), destaca o papel do esporte e do futebol em particular, representando cada vez com mais força uma expressão de luta nacional e identificação dos indivíduos com a nação, tendo como símbolos mais próximos os atletas:

“A imaginária comunidade de milhões parece mais real na forma de um time de onze pessoas com nome. O indivíduo, mesmo aquele que apenas torce, torna-se o próprio símbolo de sua nação.” (Nações e Nacionalismo desde 1870, p. 171).

Uma lembrança do então menino Eric Hobsbawm, é descrita: 

“O autor se lembra quando ouvia, nervoso, à transmissão radiofônica da primeira partida internacional de futebol entre a Inglaterra e a Áustria, jogada em Viena em 1929, na casa de amigos que prometeram descontar nele se a Inglaterra ganhasse da Áustria, o que, pelos registros, parecia bastante provável. Como o único menino inglês presente, eu era Inglaterra, enquanto eles eram Áustria. (Por sorte a partida terminou empatada). Dessa maneira crianças de 12 anos ampliavam o conceito de lealdade ao time para a nação.” (Nações e Nacionalismo desde 1870).

Mas, para quem, como Hobsbawm, toda História é História contemporânea disfarçada, o futebol globalizado, controlado por empresas transnacionais não poderia ficar de fora do alcance de sua pena.

O intrincado jogo de interesses entre a FIFA e os grandes clubes internacionais, com seus conflitos de grandes proporções, à primeira vista inconciliáveis, foi abordado em Globalização, Democracia e Terrorismo:

“... a lógica transnacional da empresa de negócios entrou em conflito com o futebol como expressão de identidade nacional...

... Do ponto de vista dos clubes, provocaram um considerável enfraquecimento da posição de todos aqueles que não estão no circuito das superligas internacionais e dos supertorneios e em especial nos clubes dos países exportadores de jogadores, notadamente nas Américas e na África. A crise dos outrora altivos clubes de futebol do Brasil e da Argentina o comprova...” (Globalização, Democracia e Terrorismo).


Apesar da importância e da prevalência dos superjogadores e dos superclubes sobre os interesses nacionais, o historiador assinala que os objetivos de poder da FIFA têm tido força para manter, impor e ampliar a realização das Copas do Mundo como evento mais importante do futebol mundial. 

Assinalaríamos apenas, aprofundando as conclusões de Hobsbawm, que a lógica econômico-financeira das Copas do Mundo acabou por entrelaçar-se com os objetivos do grande capital internacional. Isto foi possível graças à aliança da FIFA com os mesmos interesses que dirigem os superclubes, para a realização das Copas do Mundo. Até mesmo a escolha de países como a África do Sul , Brasil e Qatar, mais maleáveis a negócios extra-campo, demonstra isso. 

Não se sabe até quando este equilíbrio instável e contraditório de forças no futebol mundial poderá ser mantido, tendo em vista que não está em jogo apenas a sobrevivência dos interesses nacionais e dos clubes, mas do próprio futebol como cultura popular. 

Em a “História Social do Jazz”, talvez o seu melhor livro sobre cultura popular, Hobsbawm questiona a pasteurização da cultura pré-industrial pelo rolo compressor da sociedade contemporânea, citando o jazz como exemplo de resistência e manutenção de suas origens: 

“O jazz é o mais importante desses exemplos. Se eu tivesse de fazer um resumo da sua evolução em uma só sentença eu diria: é o que acontece quando a música popular não sucumbe, mas se mantém no ambiente da civilização urbana e industrial”. (A História Social do Jazz). 

Aqui cabem duas indagações: será que o futebol atual, em particular o brasileiro, tal como o jazz, também não sucumbiu diante das pressões da civilização urbana e industrial? 

Ainda é possível falarmos do futebol como arte e cultura popular?

(*) Doutor em História pela USP, professor, especialista em projetos sociais na área pública.

domingo, 21 de outubro de 2012

CURSO NA UNB: I CICLO DE FORMAÇÃO SOCIOCRÍTICA EM EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE E LAZER


PROJETO: FORMAÇÃO SOCIOCRÍTICA EM EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE E LAZER A CONTRIBUIÇÃO DOS CLÁSSICOS

I CICLO DE FORMAÇÃO SOCIOCRÍTICA EM EDUCAÇÃO FÍSICA, ESPORTE E LAZER - A CONTRIBUIÇÃO DE GEORG LUKÁCS


O Grupo de Pesquisa e Formação Sociocrítica em Educação Física, Esporte e Lazer (AVANTE) com apoio do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade de Brasília, convida a todos para participar do curso “Introdução a Ontologia de Lukács: Aspectos Históricos e Ontológicos” que será ministrado pelo Prof. Dr. Sérgio Lessa da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). O evento será realizado de 21 a 24 de novembro de 2012 no auditório da Faculdade de Educação Física da UnB.

ü  Momento 1 - Minicurso

Introdução a Ontologia de Lukács: Aspectos Históricos e Ontológicos§  INTRODUÇÃO AO PENSAMENTO DE GEORG LUKÁCS
Ministrante: Sérgio Lessa (UFAL)
Data: 21 a 24 de novembro de 2012
Carga-Horária: 12 horas
Local: auditório da FEF/UnB

Programação:

Dia 21 de n
ovembro de 2012 (quarta-feira)
20h às 22h - Conferência de abertura

Dia 22 de novembro de 2012 (quinta-feira)
14h às 18h

Dia 23 de novembro de 2012 (sexta-feira)
14h às 18h

Dia 24 de novembro de 2012 (sábado)
9h às 12h (Encerramento do curso)
14h às 17h (Roda de perguntas)


Inscrições em https://docs.google.com/spreadsheet/viewform?formkey=dE1STEFaeGhQdGRJUnFUQUpWOXBOT1E6MQ

ü  Momento 2 - Debate
§  Sistematizador: Edson Marcelo Húngaro (UnB)
Data: 13 de dezembro de 2012 (reunião ordinária do Avante)
Carga-Horária: 3 horas

Realização: Grupo de Pesquisa e Formação Sociocrítica em Educação Física, Esporte e Lazer (AVANTE)
Melhores informações em http://avante.unb.br/ 

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

CONVITE AOS/ÀS AMIGOS/AS


Nesta sexta, dia 19/10, participarei desta cerimônia, que ocorrerá em Goiânia.
Nesta ocasião estarei recebendo o título de Especialista em Educação para a Diversidade e Cidadania/Direitos Humanos, da Faculdade de Direito UFG/UAB. Os amigos e amigas que tiverem a possibilidade de prestigiar será bem-vindo e convidado/a confraternização após o evento! rs

terça-feira, 16 de outubro de 2012

ÀS PROFESSORAS & AOS PROFESSORES

Elogio do Aprendizado

Bertolt Brecht

Aprenda o mais simples!
Para aqueles cuja hora chegou
Nunca é tarde demais!
Aprenda o ABC; não basta, mas aprenda!
Não desanime! Comece! É preciso saber tudo!
Você tem que assumir o comando!
Aprenda, homem no asilo!
Aprenda, homem na prisão!
Aprenda, mulher na cozinha!
Aprenda, ancião!
Você tem que assumir o comando!
Freqüente a escola, você que não tem casa!
Adquira conhecimento, você que sente frio!
Você que tem fome, agarre o livro: é uma arma.
Você tem que assumir o comando.
Não se envergonhe de perguntar, camarada!
Não se deixe convencer!
Veja com seus próprios olhos!
O que não sabe por conta própria, não sabe.
Verifique a conta É você que vai pagar.
Ponha o dedo sobre cada item
Pergunte: o que é isso?
Você tem que assumir o comando.

sábado, 13 de outubro de 2012

Mínicurso: "Marx Inédito": Prof. Dr. Michael Löwy.


Mínicurso: "Marx Inédito" que será ministrado pelo Prof. Dr. Michael Löwy.

O Curso será nos dias: 16, 17 e 18/10, no horário das 14 às 17 horas.

 O link para o site da transmissão é: http://www.pucsp.br/aovivo

Abaixo as informações.


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

BOLETIM DO MNCR


NOVA EDIÇÃO DO BOLETIM DO MNCR

Nessa edição: 1) O direito ao trabalho de professoras e professores de Educação Física e o 1 º de setembro: o que temos a comemorar? 2) A greve nacional e a ofensiva do governo Dilma/PT contra a classe trabalhadora; 3) MNCR lança livro em Curitiba; 4) XXXIII Encontro Nacional de estudantes de Educação Física. Clique aqui para acessar!

Na Educação Física, lutamos contra o Sistema CONFEF/CREF. Por isso, não nos deixamos enganar, não aceitamos a data 1º de setembro como nosso dia. Essa data, inventada pelo Sistema CONFEF/CREF, não nos traz nenhum motivo para comemorar, ela apenas legitima a existência e atuação desse conselho, que em nada contribui para o avanço das lutas dos trabalhadores e trabalhadoras da Educação Física".

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

FURO EXCLUSIVO Invasões Bárbaras: cenas de um Tatu Morto


Invasões Bárbaras
Vândalos invadiram a esplanada; bárbaros estrangeiros enfiando guela abaixo sete metros de material sintético vestindo o brasão das potências estrangeiras. Seguranças protegem o Tatu Cola, estandarte do exército inimigo, mas o verdadeiro tatu bola, sem segurança, continua em extinção.
A morte do Tatu Cola na Esplanada dos Ministérios não foi um ato de vandalismo nem um protesto contra a Coca Cola em si, muito menos contra os nomes estúpidos sugeridos para o infame boneco, como foi veiculado pela grande mídia. É claro que essa mídia corporativa, que recebe verba das grandes empresas e sobretudo o GDF, não iria refletir sobre o ato que na verdade foi uma expressão de repúdio aos grandes opressores e oportunistas que estão por trás do evento da Copa do Mundo no Brasil.
Pra quem é feita a copa? Os ingressos caros apenas poderão ser adquiridos por uma minoria rica (o fim da meia entrada já exclui os incômodos estudantes); o acarejé, Patrimônio Imaterial da cultura brasileira, não poderá ser comercializado pelas tradicionais baianas nas imediações dos estádios, pois lá só os patrocinadores oficiais da FIFA (Coca Cola e McDonalds) terão primazia para matar a fome de gols dos entusiasmados compatriotas.
Nas cidades sedes a população pobre é despejada violentamente das proximidades dos estádios. Em Brasília foram investidos 3 trilhões de reais nas obras de infraestrutura do mega evento, enquanto um Zé Ninguém espera semanas com o corpo cheio de fraturas expostas para uma cirurgia nos hospitais públicos. Os trabalhadores usam o pior transporte público do país para morrerem anônimos em obras superfaturadas. O país inteiro ainda clama por verbas para ter uma educação decente e este evento e seus patrocinadores ignoram as necessidades básicas da esmagadora maioria da população.
Por isso a “morte” do Tatu Cola não é um ato de vandalismo é uma resposta a todo cinismo, corrupção e violência que os verdadeiros vândalos das grandes empresas e do governo impõe, com ajuda da mídia, às vozes dissonantes.
Será que as crianças querem olhar o buraco de um tatu de plástico? Aplaudir um jogo comprado que sustenta a destruição dos nossos patrimônios naturais e culturais? Nós queremos futebol, mas queremos que o esporte seja a afirmação das nossas riquezas, a alegria do POVO, e não meio de enriquecimento ilícito de poucos e arma alienação em massa.
from 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Marxismo e Produção Simbólica

II Colóquio Marxismo e Produção Simbólica 
De 08 de outubro a 10 de outubro
Auditório do Auditório de Instituto de Química Programação e informações
http://marxismoeproducaosimbolica.wordpress.com
marxismoeproducaosimbolica@gmail.com

Att,

Mariene A S Severo
Secretária Executivacionais
Departamento de Filosofia
Universidade de Brasília - UnB
Tel.: (61)3107-6623

Departamento de Filosofia
Universidade de Brasília - UnB
Tel.: (61)3107-6623

Teoria do Valor Trabalho e Ciências Sociais

I Encontro Internacional Teoria do Valor Trabalho e Ciências Sociais
18 e 19 de outubro de 2012

Local
Universidade de Brasília – UnB, Campus Darcy Ribeiro Auditório do Instituto
de Biologia

Programação
Sessão de Abertura: Teoria do Valor Trabalho e Ciências Sociais
Quinta-feira, 18 de outubro, 09h00, Auditório 1 Opening Plenary Session:
Labor Theory of Value and Social Sciences Thursday, October 18, 09h00, Room
1 Coordenador – Chair Sadi Dal Rosso, UnB, Comissão Organizadora –
Organizing Committee Conferencistas – Speakers Andrew Higginbottom, Faculty
of Arts and Social Sciences, Kingston University Henrique Amorim, Escola de
Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade Federal de São Paulo
Maria de Lourdes Rollemberg Mollo, Departamento de Economia, Universidade de
Brasília

Sessão de Encerramento: Teoria do Valor Trabalho e Crise Sexta-feira, 19 de
outubro, 15h00, Auditório 1 Closing Plenary Session: Labor Theory of Value
and Crisis Friday, October 19, 15h00, Room 1 Coordenador – Chair Daniel Bin,
UnB, Comissão Organizadora – Organizing Committee Conferencistas – Speakers
Ricardo Antunes, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade
Estadual de Campinas Rodolfo Magallanes, Instituto de Estudios Políticos,
Universidad Central de Venezuela

Sessão de comunicações, Tema 1: Teoria do Valor Trabalho e Crise
Communications session, Topic 1: Labor Theory of Value and Crisis

Sessão 1, quinta-feira, 18 de outubro, 14-16h, Auditório 2 Session 1,
Thursday, October 18, 14-16h, Room 2 Coordenadora – chair: Zilda Vieira de
Souza Pfeilsticker

A crítica da “centralidade” do trabalho e da teoria do valor trabalho na
abordagem de Habermas
Fábio Marvulle Bueno

As críticas de Bernstein à teoria do valor
Leandro Galastri

Terceirização: uma nova ofensiva do capital sobre o trabalho
Yuri Rodrigues da Cunha

Sessão 2, quinta-feira, 18 de outubro, 17-19h, Auditório 2 Session 2,
Thursday, October 18, 17-19h, Room 2 Coordenador – chair: Luiz Carlos
Galetti

A disputa pelo valor socialmente produzido e a atualidade da teoria do
valor-trabalho
Fernando de Oliveira Teixeira da Silva

Produção capitalista e regimes deacumulação
Mateus Vieira Orio

A transformação de valores em preços e a economia clássica
Cláudio Gontijo

Sessão 3, sexta-feira, 19 de outubro, 08-10h, Auditório 2 Session 3, Friday,
October 19, 08-10h, Room 2 Coordenadora – chair: Márcia Severino

A teoria do valor referendada pela crise mundial
Gustavo Moura de Cavalcanti Mello

Diferentes teorias de crise, a crise atual do sistema capitalista e o papel
do capital fictício
Djalma da Silva Frade

Teoria do valor, crise e acumulação por despossessão
Daniel Bin

Sessão 4, sexta-feira, 19 de outubro, 11-13h, Auditório 2 Session 4, Friday,
October 19, 11-13h, Room 2 Coordenador – chair: Raphael Lana Seabra

A transformação dos valores em preços de produção como base necessária para
o entendimento da acumulação material da riqueza em tempos de dominação do
capital financeiro
João Claudino Tavares

O dinheiro e a inflação no capitalismo contemporâneo à luz da teoria do
valor trabalho
Diego Mendes Lyra, Nelson Rosas Ribeiro

Valor trabalho, como elemento central do modo de produção capitalista
Marina Longhi de França

Sessão de comunicações, Tema 2: Teoria do Valor Trabalho: atualidade,
problemas, limites e saídas Communications session, Topic 2: Labor Theory of
Value: actuality, problems, limits and outcomes

Sessão 1, quinta-feira, 18 de outubro, 14-16h, Auditório 3 Session 1,
Thursday, October 18, 14-16h, Room 3 Coordenador – chair: Fábio Marvulle
Bueno

Intellectual capital and value creation in the classical theory
Leonardo Fernando Cruz Basso

Is the critique of redundancy stronger than the critique of contradiction of
the labor theory of value?
Tiago Camarinha Lopes

Revisão histórica das teorias do valor
Jesus Alberto Mercado Córdova

Sessão 2, quinta-feira, 18 de outubro, 17-19h, Auditório 3 Session 2,
Thursday, October 18, 17-19h, Room 3 Coordenador – chair: Perci Coelho de
Souza

Nota sobre trabalho heterogêneo em relação com “valor” no Capital de Marx
Luiz Macedo

O general intelect sob a perspectiva da teoria do valor trabalho
Robson Santos Camara Silva

The modernity of superexploitation: labour segmentation and the struggle for
unity in the Brazilian movement against the FTAA
Amanda Latimer

Sessão 3, sexta-feira, 19 de outubro, 08-10h, Auditório 3 Session 3, Friday,
October 19, 08-10h, Room 3 Coordenadora – chair: Juliana Amoretti

A intensificação do trabalho e a produção de mais-valia relativa
Elizeu Serra de Araujo

Mudanças no processo de trabalho: um olhar a partir do tempo
Sadi Dal Rosso

Notas sobre o tempo de trabalho e os limites da luta sindical pela redução
da jornada
José de Lima Soares

Sessão 4, sexta-feira, 19 de outubro, 11-13h, Auditório 3 Session 4, Friday,
October 19, 11-13h, Room 3 Coordenador – chair: José de Lima Soares

Abstração real e autonomização do valor
Gabriel Tupinambá

O fetichismo da mercadoria na era pós-moderna
L. Marshall

Sobre a apresentação dialética da teoria do valor em Marx: o valor como
categoria subsumida pelo movimento de valorização
Sandro Eduardo Grisa

Taxa de inscrição
Participante dom apresentação de trabalho: R$ 50,00
Ouvinte: gratuita

Organização
Grupo de Estudos e Pesquisa sobre o Trabalho – GEPT/UnB
http://unbgept.blogspot.com.br/

http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/LOGO_sitenovo.gif/


Flávia Lessa de Barros
flavia.barros17@gmail.comflaviabarros@unb.br BR +55(61) 3107.6026;
3107.6021  Ligar Centro de Pesquisa e Pós-Graduação sobre as Américas
(CEPPAC) Campus Darcy Ribeiro, Universidade de Brasília Asa Norte -
70910-900 Brasília - DF, Brasil