quinta-feira, 2 de maio de 2013

Bois de Piranha: Havelange e Texeira


Saiu hoje na Folha de São Paulo que a FIFA reconheceu que João Havelange e Ricardo Teixeira receberam "suborno" ou "propinas" quando comendavam respectivamente a FIFA e a CBF. O fato é: até quando vamos ver esses dois MARGINAIS andando livremente por aí?
A colunista da Folha também diz que a FIFA proibiu o nome Mané Garrincha no estádio de Brasília. Já fazem 3 anos que temos encabeçado um Movimento para que isto não aconteça. O Governador do Distrito Federal já anunciou publicamente que isso não irá ocorrer e que o nome oficial será Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Acredito que assim ficará. No entanto sabemos que no período da Copa, a FIFA vai poder temporariamente vender o nome do Estádio. Há rumores que seja Arena Coca-Cola! Dá até raiva... 
Quanto ao Estádio Engenhão, tem que mudar de nome mesmo, porque ostentar nome de bandidos não dá! Sugiro também o renomeamento dos demais Estádios do Distrito Federal, repletos de nomes de políticos que nada fizeram pelo esporte candango e federal.

Veja o texto abaixo:

Vias tortas
Por paula cesarino costa
RIO DE JANEIRO 

A todo-poderosa Fifa --entidade maior do futebol-- concluiu, sem alarde e com atraso, que seu mais longevo dirigente, o brasileiro João Havelange, recebeu "suborno" ou "propina" por anos. Foram cerca de R$ 45 milhões, divididos com o genro Ricardo Teixeira (presidente da CBF de 1989 a 2012).
Havelange, 96, dirigiu a Fifa por 24 anos (de 1974 a 1998). Para evitar o constrangimento de ser tirado da presidência de honra, que ocupava desde então, renunciou em silêncio pouco antes da divulgação do relatório da comissão de ética que condenou ambos e um terceiro dirigente.
A mesma Fifa --cujo secretário-geral, Jérôme Valcke, defende que "menos democracia é melhor para organizar uma Copa"-- proibiu que o estádio que abrirá a Copa das Confederações se chame Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha. Para a entidade, é preciso "manter a consistência dos nomes dos estádios"...
Parece bom momento para se pensar na troca imediata do nome oficial do Engenhão. Hoje interditado pela prefeitura do Rio, o Estádio Olímpico João Havelange poderia passar a Estádio Mané Garrincha.
Que um dos mais belos estádios brasileiros guarde em suas curvas a memória dos dribles do craque e não dos desvios do cartola. Seria chegar ao justo por vias tortas.
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O prefeito Eduardo Paes suspendeu o repasse de R$ 8 milhões para a Orquestra Sinfônica Brasileira, previsto para 2013. "Dinheiro público tem de ser investido em coisas que dão projeção a cidade", justificou. O apoio existe há 20 anos.
Que política cultural tira, sem aviso, 20% do orçamento de uma das mais importantes orquestras do país e destina R$ 7 milhões para dois shows de Stevie Wonder, R$ 1,3 milhão para o de Luan Santana (só para funcionários públicos) e R$ 1 milhão para Bebel Gilberto gravar seu DVD na praia?



Comentário de Pedro Athayde

Pode parecer estranho o que vou afirmar, mas até mesmo para os corruptores exite limite, existe "ética". É importante que esse limite e essa "ética" sejam respeitados para que o sistema de corrupção seja eficiente e não desperte a atenção da mídia e da sociedade.

Quando alguns corruptos extrapolam esse limite e são antiéticos, caso dos digníssimos Havelange e Texeira", acabam sendo expostos ou apartados, para que o sistema continue funcionando harmoniosamente. Essa prática é ainda mais comum em um  ambiente marcado por disputas internas e acostumado com atitudes venais, caso da FIFA e da maioria das entidades de administração esportiva.

Havelange é um boi de piranha para que o resto da manada continue nadando tranquila em rios de dinheiro. Resta saber se um boi velho, cansado e de carne dura será suficiente para alimentar a fome dessas piranhas. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.





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