sábado, 9 de julho de 2011

Boletim (In)Formativo 30


Professora Amanda Gurgel se recusa a receber prêmio

A professora Amanda Gurgel, que ficou conhecida após fazer um discurso na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte a respeito da situação da educação no Estado – que resultou num vídeo acessado por mais de um milhão de internautas no YouTube – recusou, no sábado 2, receber um prêmio oferecido em sua homenagem pela associação Pensamento Nacional de Bases Empresariais.
A organização havia dedicado a ela o prêmio 2011 na categoria “educador de valor”. Em sua justificativa, a professora destacou que, “embora exista desde 1994, esta é a primeira vez que esse prêmio é destinado a uma professora”.
“Esse mesmo prêmio foi antes de mim destinado à Fundação Bradesco, à Fundação Victor Civita (editora Abril), ao Canal Futura (mantido pela Rede Globo) e a empresários da educação. Em categorias diferentes também foram agraciadas com ele corporações como Banco Itaú, Embraer, Natura Cosméticos, McDonald’s, Brasil Telecon e Casas Bahia, bem como a políticos tradicionais como Fernando Henrique Cardoso, Pedro Simon, Gabriel Chalita e Marina Silva. A minha luta é muito diferente dessas instituições, empresas e personalidades”, justificou.
Amanda Gurgel, que em seu discurso na Assembleia se queixou do salário que recebe como professora e da situação do sistema de ensino no País, disse que seus projetos são “diametralmente diferentes daqueles que norteiam o PNBE”, grupo mantido por empresários paulistas e, segundo ela, comprometida apenas com “a economia de mercado”, “à mercantilização do ensino e ao modelo empreendedorista”.
Entre as reivindicações da professora, manifestadas em seu site pessoal, estão a valorização do trabalho docente e a elevação para 10% da destinação do Produto Interno Bruto para a educação.
“Não quero que nenhum centavo seja dirigido para organizações que se autodenominam amigas ou parceiras da escola, mas que encaram estas apenas como uma oportunidade de marketing ou, simplesmente, de negócios e desoneração fiscal”, escreveu ela, antes de dizer que não poderia aceitar o prêmio.
http://www.cartacapital.com.br/carta-na-escola/professora-amanda-gurgel-se-recusa-a-receber-premio-de-empresarios-em-sp
fonte: 

quarta-feira, 6 de julho de 2011

ESPAÇO VIVO 07

Orgulho de ser UnB!

Para aqueles que não sabem, a Veja, mais uma vez, publicou uma matéria extremamente tendenciosa, atacando a Universidade de Brasília. O título do ataque foi: Madraçal do Planalto! Confesso que tive que recorrer ao google... 
Mas o teor do ataque revelava que a UnB teria se torna um antro de esquerdistas autoritários. Incrível é afirmar que o estabelecimento do voto universal para as diretorias e reitorias seja um ato anti-democrático... Como assim? Para que serve a universidade? O estudante não tem direito (assim como, os funcionários e professores) de eleger entre seus professores, àquele que vai dirigir sua universidade?
Talvez a população não saiba, nem a Veja é claro, mas mesmo na UnB, pessoas de esquerda são minoria! Na Faculdade de Educação Física então, Marx e Engels são uma dupla de capetas! Eu e outros poucos, já fomos depreciados por sermos do campo crítico da área. Por estudarmos Marx! 
Cansei de ouvir piadas: você nem parece professor de Educação Física! Será então, que para parecer teria que ser "bombado", fútil e burro? Ou andar de terno e gravata, para valorizar minha profissão? Me recuso!
Tenho certeza que a Educação Física é mais do que um corpo sarado ou atlético. É conhecimento da cultura corporal (dança, jogos, brincadeiras, ginástica, luta, esporte, capoeira, circo etc), é uma prática social emanharada no cotidiano das pessoas, historicamente situada! É uma profissão difícil, com colegas difíceis, mas, com a beleza da arte docente! Sopro de vida! E o melhor, toda essa dedicação a minha profissão eu devo, em muito a Universidade onde passei os melhores anos de minha vida! Orgulho de ser UnB!
Pedro   Osmar Flores de Noronha Figueiredo (Tatu)


Ainda, sobre o assunto VEJA xUnB posto também um artigo bem direto de um professor, mestrando na UnB...



Orgulho de ser UnB! Vergonha da Veja!
Rafael Ayan Ferreira
05 de julho de 2011.

“Calma aí, a UnB também não é um mar de rosas... temos Marcelo Vermes como professor!”

A comunidade acadêmica da Universidade de Brasília, também conhecida como esquerdista ou traficante de drogas segundo as reportagens deletérias de Veja, começa a responder à altura a raivosa reportagem desqualificada publicada em 4 de julho de 2011 sob o título “Madraçal do Planalto”. Com erros grosseiros de um repórter vendido que mal conhece a UnB, a ponto de criar um cargo de Decano da Faculdade de Direito para o Professor Ronaldo Poletti – e não existem decanos de faculdades ou institutos, pois esse é um cargo administrativo na Reitoria –, a reportagem é um show de baixaria típico das organizações Civita. Nota-se aqui que podemos focar a discussão em três pontos principais: a ética no jornalismo, a saúde mental de docentes (e somente deles) da UnB e algumas formas que a democracia assume atualmente no país.
A reportagem de Veja contraria os mais elementares aspectos da ética no jornalismo. De um universo de mais de 30.000 pessoas, focou em menos de 10% do público total, no caso, os professores. Desse seguimento, numa atitude científica puramente amostral e sem nenhuma parcialidade, vejam só, a revista divulga a opinião de 6 pessoas que vão de Roberta Kaufmann à Demétrio Magnoli, ambos sem vínculo empregatício com a UnB. No hall de professores da matéria está o inconsequente aprendiz de Big Brother Marcelo Vermes, que agora terá que provar na justiça o que quis dizer com “hostilidade oficial” ao casal de professores Márcio Pimentel e Concepta McManus. O Brasil pode carecer de muitas coisas mas, felizmente, a responsabilidade na publicação de determinadas informações ainda precede o escárnio público. Veja, uma revista que começa depois da página 100 de tanto indexar propagandas e acaba na página 101 após falar mal da UnB ou de Brasília deve um pedido formal de desculpas à comunidade universitária.
Porém, monstros não são criados sozinhos, mas sim alimentados pelos criadores que só os combatem quando percebem que estão fora de controle. A falta de uma política de saúde mental com alguns professores da universidade fez nascer Marcelo Vermes e sua latrina virtual que chama de blog. Inconformado por jamais ter passado no vestibular para medicina e vomitando pelos corredores da UnB que dá aula para esse curso, MHL, como é conhecido, anda com cartõezinhos com o endereço de seu blog a tiracolo e parece passar horas a fio destilando seu veneno na web. Ah, a internet, essa acumuladora infinita de tags... o fato é que agora é difícil identificar se o caso de MHL é para ser tratado pela polícia ou por um corpo de psiquiatras de notório saber científico, dada a omissão da universidade em assumir o seu papel educador de ajudar os incapacitados, com todo o respeito aos psiquiatras e aos incapacitados. É da negligência de colegas docentes, de acharem que é normal, democrático ou não acharem nada das atitudes infantis de Marcelo Vermes que nascem as tentativas de alimentar negativamente a imagem de nossa estimada universidade.
Só para situar o tanto que MHL entende de Keynes e Marx, em 2008 o fanfarrão apoiou a chapa Alternativa Livre, do coletivo UnB Livre, para a ADUnB (Sindicato dos Professores da UnB). A Chapa tinha em sua composição nomes ligados diretamente à projetos de esquerda, como Rita Segato (Antropologia), Perci Coelho (Serviço Social), Jorge Antunes (Música), Patrícia Pinheiro (Serviço Social), Rodrigo Dantas (Filosofia), que foi apoiador e candidato a governador do DF pelo PSTU em 2010 e o próprio Frederico Flósculo (Arquitetura) que inocuamente também foi parar na reportagem jocosa de Veja por divergências pessoais com a Reitoria. Embora jamais tenha aberto qualquer livro de economia ou política social, MHL se acha no direito de chamar os técnicos-administrativos da UnB de vagabundos por fazerem greve e, não obstante, recortar os tweets respondidos por assessores de senadores e colar em seu blog como se respostas pessoais a ele fossem e gozar como se aquele ato representasse o hexacampeonato brasileiro de futebol no Maracanã.
Assim, é impossível falar desse desrespeito à UnB sem falar de democracia, conceito combatido pelo grupo Abril ou por blogs sensacionalistas sem nada de ciência ou Brasil, mas com muito de irresponsabilidade. Um ataque dessa magnitude de Veja à UnB, até o fim da década de 1990, poderia ser no máximo combatido por meia dúzia de sites de partidos políticos ou sindicatos. No entanto, com a democratização da comunicação – ainda incipiente, é verdade, mas crescendo exponencialmente –, principalmente no que tange às redes sociais, indexadoras de propaganda como Veja deixaram de ser a única referência de leitura em massa. Mais que isso, a voz de setores historicamente excluídos está ao alcance de qualquer internauta, bem como as receitas de Ana Maria Braga e os resultados da Mega Sena. Veja, Globo e outras corporações midiáticas capitalistas sofrem bastante com isso e até hoje não conseguiram lidar com a perda de público para o próprio público. Essa questão fica latente quando a população se revolta via web e em atos nas ruas contra golpes como o da bolinha de papel de José Serra no período eleitoral em 2010 ou na cobertura independente via twitter que moradores do Alemão fizeram na invasão da polícia em dezembro do mesmo ano, denunciando os saques das milícias travestidas de lei. É duro ter que encarar a divisão do palco conosco, os contribuintes.
É revoltante ver diretores de centros de custo da universidade com mil afazeres ter que parar suas atividades de ensino, pesquisa e extensão para esclarecer mentiras, deturpações, ironias e outras questões menores que não sejam de interesse público. Entretanto, as acusações são tão cretinas que até a oposição à reitoria ou professores conservadores como o ministro do STF Gilmar Mendes fizeram questão de se posicionar contra a reportagem. Não tenho ligação alguma (nem quero ter) com o PT ou com a Reitoria da UnB, tampouco comungo da visão privatista de educação superior daquele partido, mas o ataque feito por Veja está longe de ser uma questão pessoal como é a de Flósculo com José Geraldo. Portanto, esse ataque merece uma reposta à altura da comunidade universitária, incluindo os maconheiros e pelados criticados por Veja que não trabalham para ferir a liberdade de expressão de ninguém e tampouco obrigam as pessoas a fazer uso indevido de drogas lendo essa revista ou a se despir para aparecer como repórter Esso de um periódico medíocre ou blog delinquente.
Por fim, mesmo com toda essa lama, fica a lição e a resposta da universidade. Veja, Marcelo Vermes e Reinaldo Azevedo, os irmãos metralha ou três patetas, como queiram, conseguiram o que parecia impossível: unir os mais variados pensamentos divergentes da UnB em torno da ética no jornalismo, defesa da democracia e respeito à UnB. Só falta agora união para decidir se é democrático e ético que mantenedores de blogs imbecis no site de Veja ou no Blogspot mereçam ser punidos ou se o caso é para ser tratado clinicamente.

--
Rafael Ayan Ferreira
Pedagogo
Mestrando em Educação
Graduando em Serviço Social
(61) 9333-6810 / 8153-3063
Brasília - DF
 


segunda-feira, 4 de julho de 2011

Boletim In(Formativo)


Coleção para Entender a Gestão do SUS 2011
CONASS lança a Coleção Para Entender a Gestão do SUS 2011.
Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS)
Revisada e com conteúdos atualizados que contemplam toda a mudança que ocorrida no SUS até hoje, a Coleção 2011 incorpora ainda, novos temas que foram prioridades do CONASS nos últimos quatro anos, como, por exemplo, o impacto da violência no SUS, as recentes decisões sobre a questão das demandas judiciais, o processo de implementação do Pacto pela Saúde e a organização das Redes de Atenção à Saúde.
Conheça os 13 livros que compõem a Coleção at: http://bit.ly/kHJPLj
LIVRO 1 - SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
O livro Sistema Único de Saúde apresenta os antecedentes históricos da criação do SUS, a conformação legal a partir da Constituição de 1988 e os seus desdobramentos normativos até os dias de hoje. Aborda os instrumentos e estratégias fundamentais para a sua implementação, como planejamento, sistemas de informação e a participação social e descreve o processo de implantação do SUS, seus avanços e desafios.
Esta publicação aborda ainda, a importância das Sec retarias Estaduais de Saúde e da sua entidade representativa ? o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) ? na construção do sistema público de saúde no Brasil, além de fazer um registro do processo de implantação do Pacto pela Saúde no momento atual.
LIVRO 2 - O FINANCIAMENTO DA SAÚDE
O Financiamento da Saúde é um livro que traz o panorama do financiamento do setor no Brasil, as informações mais atualizadas sobre as mudanças ocorridas a partir do Pac to pela Saúde e reflete a preocupação constante com a inadequação do financiamento para a área. Trata do financiamento setorial da saúde com foco no setor público e aborda, entre outros aspectos, as principais formas de financiá-lo, a Emenda Constitucional n. 29, a origem e a distribuição das receitas públicas e a evolução do gasto com saúde das três esferas de governo. O livro traz ainda as fontes de receitas federais do SUS, suas prioridades alocativas e seus efeitos no processo de descentralização.
LIVRO 3 - ATENÇÃO PRIMÁRIA E PROMOÇÃO DA SAÚDE
O Livro aborda o conceito de Atenção Primária à Saúde (APS), o seu papel na construção do SUS, seus princípios e sua importância para a eficiência e efetividade dos sistemas de saúde, bem como destaca alguns desafios para o seu fortalecimento. Apresenta com destaque o papel da APS na conformação das redes de atenção à saúde e na coordenação do cuidado. Nesse sentido merece destaque as ações do CONASS por meio da realização de Oficinas sobre Redes de Atenção à Saúde e de Planificação da Atenção Primária à Saúde. São abordados os aspectos organizacionais, de financiamento, com ênfase para a Estratégia de Saúde da Família (ESF).
LIVRO 4 - ASSISTÊNCIA DE MÉDIA E ALTA COMPLEXIDADE
Este livro aborda a organização da assistência à saúde no que se refere às ações de média e alta complexidade do SUS e a base normativa vigente por área de assistência, além de conter informações de caráter prático e operacional sobre a organização, financiamento e gestão. Nele, são apresentados os conceitos gerais sobre assistência de média e alta complexidade no SUS, a relação entre atenção primária e atenção em média e alta complexidade, a importância da produção de média e alta complexidade no SUS e o papel a ser desempenhado pelas três esferas de governo.Também são descritas, com informações atualizadas, as Políticas Nacionais de Saúde por área com ênfase na assistência de média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar, além de toda a legislação que orienta a organizaçÍ o das ações de média e alta complexidade, as responsabilidades dos gestores e a forma de financiamento.
LIVRO 5 - VIGILÂNCIA EM SAÚDE - PARTE 1
O livro Vigilância em Saúde ? parte 1 apresenta a organização atual da área de Vigilância em Saúde nos seus aspectos políticos, técnicos e operacionais e traz informações atualizadas sobre o perfil demográfico e epidemiológico do Brasil, abordando o Sistema Nacional de Vigilância em Saúde, sua organização nas três esferas de gestão do SUS e seu financiamento. Quanto à vigilância em saúde do trabalhador, apresenta a atual situação epidemiológica, a organização da Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador (Renast) e seu financiamento. Também são abordados os sistemas de informações da Vigilância em Saúde e ainda as responsabilidades compartilhadas entre as três esferas de gestão, os principais programas de prevenção e controle de doenças transmissíveis e não transmissíve is.
LIVRO 6 - VIGILÂNCIA EM SAÚDE - PARTE 2
Este livro trata do tema Vigilância Sanitária visando proporcionar aos Secretários de Estado de Saúde e sua equipe a visão de como esta área está inserida no Sistema Estadual de Saúde. Apresenta o campo de abrangência da Vigilância Sanitária, sua área de atuação e o processo de trabalho no contexto da administração pública e detalha sua organização, sob quais preceitos foi criada e como está sendo desenvolvida no Brasil. O Sistema Nacional de Vigilância Sanitária também é apresentado em seus aspectos estruturais, de financiamento e de gestão, bem como sua inserção no processo de pactuação do SUS.
LIVRO 7 - ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO SUS
Este livro aborda os principais aspectos relacionados à Assistência Farmacêutica no SUS e serve de fonte de informação para os gestores e técnicos das Secretarias Estaduais de Saúde, pois apresenta de forma sistemática toda a gestão da Assistência Farmacêutica, com ênfase para o ciclo da Assistência Farmacêutica em seus aspectos técnico-operacionais. Traz ainda, as informações mais atualizadas sobre a Assistência Farmacêutica no SUS no contexto do Pacto pela Saúde e dos componentes estabelecidos: Básico, Estratégico e Especializado. Nele, é enfatizada a importância da adoção dos protocolos clínicos como orientadores e disciplinadores do acesso aos medicamentos no SUS, e apresentada a questão das demandas judiciais para fornecimento de medicamentos e as informações mais recentes sobre importantes de cisões tomadas no âmbito do Poder Judiciário sobre o tema.
LIVRO 8 - A GESTÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA NO SUS
O presente livro aborda questões relacionadas à gestão administrativa e financeira do SUS, envolvendo toda a sistemática processual, indo do planejamento à aquisição, da elaboração à assinatura dos contratos administrativos, abordando inclusive a fiscalização dos mesmos. Trata da incorporação de novos conhecimentos e novas tecnologias e modernas ferramentas gerenciais e administrativas, principalmente no campo da tecnologia da informação e comunicação. O livro aborda também, de forma detalhada, as alternativas de gerência de unidades públicas de saúde como Organizações Sociais, Fundação Estatal e Consórcios Públicos.
LIVRO 9 - GESTÃO DO TRABALHO E DA EDUCAÇÃO NA SAÚDE
O livro Gestão do Trabalho e Educação na Saúde aborda questões como planos de cargos, carreira e salários; a implantação de mesas estaduais de negociação; o planejamento, a modernização e a informatização do sistema de informação de Recursos Humanos (RH) nas SES; a formulação e a implementação de programas de educação permanente, além de apresentar as políticas e programas pactuados pelos gestores do SUS para operacionalização da Política Nacional de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, com informações atualizadas e análises consistentes, de modo a tornar a leitura ágil e facilitar a compreensão de todos.

< /span>
LIVRO 10 - REGULAÇÃO EM SAÚDE
Este livro traz uma reflexão sobre os conceitos de regulação como macrofunção de gestão do SUS. Aborda os conceitos relativos à regulação assistencial, a política de regulação vigente e os aspectos técnico operacionais para a implantação dos complexos reguladores. Apresenta a base legal e normativa vigente no SUS relativa a contratualização dos serviços de saúde, ao controle e avaliação e o papel do Sistema Nacional de Auditoria, além de contemplar a programação de ações e serviços para atendimento às necessidades da população.
LIVRO 11 - CIÊNCIA E TECNOLOGIA EM SAÚDE
Este livro aborda a importância da ciência e da tecnologia em saúde no provimento efetivo de ações e serviços de saúde, enfatizando os aspectos que se configuram como de responsabilidade dos gestores. Contempla o panorama atual do complexo econômico-industrial da saúde, enfocando os principais produtos e insumos estratégicos para as políticas e programas, e apresenta conceitos básicos relativos à gestão da tecnologia da informação. Também são apresentados os principais aspectos relacionados a estudos e pesquisas em saúde no Brasil, bem como as informações atualizadas sobre os desafios da incorporação de tecnologia no SUS e as linhas de pesquisa no SUS, além de trazer de forma detalhada a Política Nacional de Ciência e Tecnologia e Inovação em Saúde.
LIVRO 12 - SAÚDE SUPLEMENTAR
Um dos desafios encontrados nos últimos anos para os gestores da área da saúde tem sido a regulação do setor de saúde suplementar e o estabelecimento da necessária interface com o SUS. Neste livro a regulamentação do setor de planos e seguros de saúde no Brasil é apresentada de forma detalhada com a apresentação das características gerais do sistema de saúde no Brasil, com a situação atual do mercado de saúde suplementar e o papel da ANS. O livro traz também informações atualizadas sobre o ressarcimento dos planos de saúde, a cobertura por região e o faturamento das operadoras, e a recente ampliação de procedimentos previstos. Nele, são abordadas as interfaces do setor de saúde suplementar com o Sistema Único de Saúde (SUS) e os mecanismos de articulação instituciona .
LIVRO 13 - LEGISLAÇÃO ESTRUTURANTE DO SUS
O livro ressalta a Lei Orgânica da Saúde (Lei N. 8.080, de 19 de setembro de 1990), que dispõe sobre as condições para a promoção, a proteção e a recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes. Está aqui reunida a legislação considerada fundamental para a criação e a implementação do SUS, com uma síntese da história do sistema de saúde brasileiro, a partir do início do século XX, enfatizando a criação e a implantação do SUS, bem como a conjuntura em que foram editadas as principais leis e atos normativos. Estão inseridos, ainda, na íntegra, os textos de 29 atos normativos publicados desde o ano de 1953 até 2010.

Caros leitores,

Motrivivência acaba de publicar mais um último número (ano XXII, n. 35,
dez./2010) em http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia.
Convidamos a navegar no sumário da revista para acessar os artigos e itens
de interesse.
Agradecemos seu interesse em nosso trabalho,
Giovani de Lorenzi Pires
Universidade Federal de Santa Catarina
delorenzi@newsite.com.br

Motrivivência
n. 35 (2010): Educação Física e o Mundo do Trabalho I
Sumário
http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/issue/view/1657

Editorial
--------
 O corpo produtivo no mundo do trabalho da Educação Física, Esportes e
Lazer  doi: 10.5007/2175-8042.2010v22n35p07 (07-17)
       Os Editores

Artigos
--------
 Do trabalho em geral ao trabalho pedagógico: contribuição ao debate
sobre o trabalho pedagógico na Educação Física  doi:
10.5007/2175-8042.2010v22n35p18 (18-40)
       Celi Taffarel

 Acerca da indissociabilidade entre as categorias trabalho e educação
doi: 10.5007/2175-8042.2010v22n35p41 (41-61)
       Caio Antunes

 O reordenamento do trabalho do professor de Educação Física e a
organização empresarial do âmbito do fitness: CONFEF/CREF, ACAD e
SINDACAD  doi: 10.5007/2175-8042.2010v22n35p62 (62-78)
       Tatiane Carneiro Coimbra

 Reestruturação produtiva e investigação do lazer como mercadoria  doi:
10.5007/2175-8042.2010v22n35p79 (79-98)
       Fernando Pereira Cândido,       Nise Jinkings

 Fundamentos marxistas: modo de produção como eixo para uma síntese em
perspectiva histórica da relação Trabalho/Educação Física, Esportes e
Lazer  doi: 10.5007/2175-8042.2010v22n35p99 (99-112)
       Elza Margarida de Mendonça Peixoto

 Precarização do trabalho e Educação Física: situando a questão  doi:
10.5007/2175-8042.2010v22n35p113 (113-129)
       Fernando José de Paula Cunha

 O trabalho no campo e no contexto do MST  doi:
10.5007/2175-8042.2010v22n35p130 (130-146)
       Sandra Luciana Dalmagro,        Célia Regina Vendramini

 Empreendedorismo e Educação Física: reflexões à sua
apreensão/implementação na formação humana  doi:
10.5007/2175-8042.2010v22n35p147 (147-165)
       Graziany Penna Dias

 Reordenamento do mundo do trabalho e pedagogia das competências:
implicações para a Educação Física escolar (período pós 1990)  doi:
10.5007/2175-8042.2010v22n35p166 (166-183)
       Marcelo Silva dos Santos

 Formação de professores de Educação Física: a atualidade do embate
político  doi: 10.5007/2175-8042.2010v22n35p184 (184-201)
       Fernanda Braga Magalhães Dias,  David Romão Teixeira

Ponto de Vista
--------
 A ontologia singularmente humana do trabalho  doi:
10.5007/2175-8042.2010v22n35p202 (202-233)
       Ricardo Antunes

Experimentando
--------
 A capoeira como uma atividade extracurricular numa escola particular: um
relato de experiência  doi: 10.5007/2175-8042.2010v22n35p234 (234-246)
       Thércio Fábio Pontes Sabino,    Larissa Cerignoni Benites

Cientifique-se
--------
 Cultura corporal na pauta do jornal: notas de uma análise a partir do
"Programa AN Escola"  doi: 10.5007/2175-8042.2010v22n35p247 (247-263)
       Daniel Minuzzi de Souza

Grupo de Estudo
--------
 Grupo de estudos e pesquisas Marxlutte: lúdico, trabalho, tempo livre e
educação  doi: 10.5007/2175-8042.2010v22n35p264 (264-278)
       Rogério Massarotto Oliveira (Coord.)

Resenha
--------
 Composição coreográfica em ginástica rítmica: do compreender ao fazer
doi: 10.5007/2175-8042.2010v22n35p279 (279-285)
       Marília Del Ponte de Assis

Porta Aberta
--------
 Escola, educação não-formal e a formação do profissional de Educação
Física  doi: 10.5007/2175-8042.2010v22n35p286 (286-300)
       Eduard Angelo Bendrath

 O professor reflexivo e a produção sobre formação de professores em
Educação Física  doi: 10.5007/2175-8042.2010v22n35p301 (301-315)
       Néri Emílio Soares Júnior

 História e historiografia da educação do corpo e do ensino de Educação
Física em instituições educacionais e legislações de ensino do período
republicano  doi: 10.5007/2175-8042.2010v22n35p316 (316-329)
       Gabriel Rodrigues Daumas Marques

Imagens e Homenagem
--------
Homenagem: Celi Nelza Zülke Taffarel (330-332)
       Celi Nelza Zülke Taffarel

Motrivivência: Revista de Educação Física, Esporte e Lazer
http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia</p>

quinta-feira, 30 de junho de 2011


GDF instaura auditoria para apurar esquema de superfaturamento de eventos
Polícia Civil apura esquema de superfaturamento de eventos culturais e esportivos na capital do país. Uma das empresas suspeitas recebeu mais de R$ 17 milhões.


Publicação: 29/06/2011 11:53Atualização: 29/06/2011 12:13
A FJ Produções foi contratada para produzir o Esporte nas Cidades na Estância 4, em Planaltina, mas prestou serviço caro e sem qualidade (POlicia Civil/Divulgação)
A FJ Produções foi contratada para produzir o Esporte nas Cidades na Estância 4, em Planaltina, mas prestou serviço caro e sem qualidade

Os relatos de que há no Distrito Federal uma organização criminosa envolvendo empresas, gestores públicos e até políticos, além de especializada em superfaturar eventos culturais e esportivos, são frequentes. Muitas denúncias estão em fase de investigação pela polícia e pelo Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT). Mas provar a existência de sobrepreço em contratações não é fácil. Exige observação minuciosa antes, durante e depois de finalizado o processo. Por isso mesmo, muitas suspeitas caducam por falta de provas. Em uma delas, no entanto, isso não ocorreu. A acusação de irregularidades na realização do programa Esporte nas Cidades foi acompanhada em todas as etapas. E o resultado, segundo a Polícia Civil, comprovaria as primeiras desconfianças: houve fraude.

Os indícios de superfaturamento deram origem a um inquérito na Divisão Especial de Repressão aos Crimes contra a Administração Pública (Decap). Na tarde de ontem, policiais da Decap cumpriram mandado de busca e apreensão na sede da empresa FJ Produções Ltda., localizada na comercial da 102 Norte. Foram recolhidos documentos e computadores, que devem auxiliar na investigação, batizada de Operação Balder.

A FJ Produções foi contratada no ano passado para produzir o Esporte nas Cidades no bairro Estância 4, em Planaltina, que ocorreu em 18 e 19 de setembro. A partir de uma denúncia anônima, policiais civis à paisana acompanharam a realização do evento em Planaltina. Eles flagraram inúmeras distorções entre os serviços acertados e o que de fato foi feito. Todas as irregularidades foram registradas em fotos, que fazem parte do inquérito policial.

No detalhamento do plano de serviço, há, por exemplo, a previsão de oito banheiros químicos que custariam R$ 3,2 mil. Mas no dia do Esporte nas Cidades não havia nenhuma cabine à disposição da comunidade. Também foi descrita a colocação de 288 metros de piso palet com carpete ao custo de R$ 37.440. As fotografias tiradas por policiais demonstram, entretanto, que o evento se deu em chão de terra batida. Os documentos indicam que a Secretaria de Esporte alugou 68 metros de arquibancada, mas, no dia da festa, não havia mais de 10 metros de acomodações. Mesmo assim, cobrou-se o preço original, de R$ 12.920. O GDF pagou para cada mesa plástica usada no evento R$ 30, quando pesquisa no mercado mostra que o kit com mesa e quatro cadeiras custava, no máximo, R$ 6.

O problema é que, mesmo com todas as diferenças entre o que previa o contrato e o padrão do evento, Gleyriston Gomes de Sousa — então executor dos serviços pela Secretaria de Esporte — atestou a realização do programa em Planaltina tal qual o combinado em contrato. Chamado a depor na Decap, Gleyriston disse, a princípio, que havia acompanhado o evento e que teria ocorrido sem falhas. Alertado sobre a presença da Polícia na data e as fotos tiradas do lugar, Gleyriston, então, mudou a versão. Admitiu que não havia feito o trabalho corretamente.

Relatos
A partir dos relatos de Gleyriston, que citou as pessoas a quem se reportava, a polícia investiga a origem do que pode ser um esquema de fraudes envolvendo mais gestores públicos. Nos últimos dois anos, a FJ Produções Ltda., que pertence ao ex-ciclista profissional Jamil Elias Suaiden, recebeu em contratos assinados com as secretarias de Esporte, Educação e Saúde R$ 17,68 milhões. Os valores mais significativos são de 2009 (R$ 8,8 milhões) e de 2010 (R$ 8,6 milhões), mas, em 2011, o GDF emitiu notas bancárias em favor da firma investigada: R$ 169.065,68. Os dados são oficiais e foram pesquisados no Sistema Integrado de Gestão Governamental (Siggo).
 (Breno Fortes/CB/D.A Press - 12/5/11)
Em função da Operação Balder, que flagrou as incoerências entre o contrato com a Secretaria de Esporte e o evento realizado em 2010, a Polícia Civil barrou o pagamento de R$ 99 mil à FJ Produções, valor recebido pela empresa por conta do evento organizado em Planaltina. A estimativa, segundo a Decap, é de que o Esporte nas Cidades custou não mais do que R$ 6 mil. Segundo o diretor da Decap, Flamarion Vidal, a medida de acompanhar a realização dos eventos sob suspeita é peça importante na engrenagem das investigações de superfaturamento. “A polícia passa agora a frequentar e a registrar a realização desses eventos com o objetivo de confrontar os dados com as prestações de contas futuras”, alertou Flamarion.

Diante das evidências de fraude, a Secretaria de Transparência do GDF decidiu abrir uma auditoria para apurar se houve ilegalidade em outros contratos envolvendo a FJ Produções. O Correio tentou ouvir os representantes da empresa FJ Produções, mas não conseguiu fazer o contato até o fechamento da edição.

Convênio
A empresa tem uma fatia robusta no mercado do governo federal. Opera um contrato por adesão a ata de registro de preços no valor de R$ 95 milhões com o Ministério da Educação. Começou com convênios de menos de R$ 20 mil, em 2009, mas logo passou a gerir parcerias milionárias. Concorrentes da FJ Produções fizeram denúncias ao Tribunal de Contas da União de irregularidades nas licitações envolvendo a firma.

Mitologia
Referência a um deus nórdico. Balder é descrito como uma divindade da justiça e da sabedoria. Sua popularidade teria atraído a ira de Loki, outro gigante da mitologia, mas sempre disposto a tramar o mal. Loki, aliás, é nome de duas operações da Polícia Civil com o MPDFT, que investigam contratos mantidos entre empresas de eventos com administrações regionais.

http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2011/06/29/interna_cidadesdf,258967/gdf-instaura-auditoria-para-apurar-esquema-de-superfaturamento-de-eventos.shtml
Fonte: 

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Boletim (In)Formativo 31



Escrito por Luciano Torres   
20.06.11
 Quem deseja ser professor na Universidade Estadual de Roraima (UERR) deve ficar atento. A UERR lançou o edital  do concurso  público que oferece 97 vagas para docentes com as titulações de especialistas, mestres ou doutores. Os salários variam de R$ 2.926, 08 a R$ 6.387, 28 e as inscrições podem ser feitas até o dia 22 de julho no site uerr.edu.br. 
O reitor da UERR, Hamilton Gondim, disse que a realização de concursos é uma das prioridades da sua gestão na instituição. “Precisamos melhorar a qualidade do ensino com a contratação de profissionais e com investimentos em infraestrutura”, disse. O concurso atende a uma resolução do Conselho Estadual de Educação de que a instituição precisa ter 1/3 de professores com titulações. Atualmente, a UERR possui 13 doutores, 41 mestres e 38 especialistas.

As vagas estão abertas para as seguintes áreas: Administração, Agronomia,Ciência da Computação, Ciências Biológicas, Ciências Contábeis, Direito, Economia, Educação Física, Enfermagem, Engenharia Florestal, Filosofia,Física, Geografia, História, Letras com Habilitação em Espanhol, Letras com Habilitação em Inglês, Letras com Habilitação em Língua Portuguesa e Literatura, Letras/Macuxi, Libras, Matemática, Pedagogia, Pedagogia/Campo, Química, Segurança Pública, Serviço Social, Sociologia e Turismo.

O salário para  doutores é de R$ 6.387,28 , para mestres R$ 4.323,15 e especialistas R$ 2.926,08 . Os aprovados que forem lotados nos campi do Interior terão direito a uma gratificação de 15, 25 ou 35% sobre o salário. A taxa de inscrição é de R$ 100.

Fonte: http://www.uerr.edu.br/uerr08/index.php?option=com_content&task=view&id=1684&Itemid=1

PEDAGOGIAS MARXISTAS 02


Conforme combinado, todas as segundas-feiras irei postar um vídeo do curso PEDAGOGIAS MARXISTAS, ministrado em 2010 na Faculdade de Educação da UNICAMP, pelo Grupo de Estudo e Pesquisas História, Sociedade e Educação no Brasil (HISTEDBR). 
A segunda aula trata das questões de Educação e Ensino em Marx & Engels. O link se encontra abaixo:


Aula 2 - Educação e Ensino em Max & Engels
Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Faculdade de Educação - FE
Prof. Dr. José Claudinei Lombardi

Data: 20/08/2010

domingo, 26 de junho de 2011

Boletim (In)Formativo

Grundrisse

Manuscritos econômicos de 1857-1858
Esboços da crítica da economia política
Karl Marx

Muito mais que “esboços” ou adiantamento da obra maior de Karl Marx, os três manuscritos econômicos de 1857-1858 que compõem os quase lendários Grundrisse constituem patrimônio das ciências humanas de inestimável valor.
Parte de uma luta ideológico-política pela exclusividade do “verdadeiro” Marx, a obra somente veio à luz já na primeira metade do século XX, em virtude dos conflitos centrados no controle que o Partido Comunista da ex-URSS exerceu sobre os escritos não divulgados do filósofo alemão. Considerados inicialmente espécie de amostra ou work in progress do que viria a ser a obra central de Marx, sabe-se hoje que examinar os Grundrisse é como ter acesso ao laboratório de estudos de Marx no curso de sua extensa atividade intelectual, o que permite acompanhar a evolução de seu pensamento, as áreas específicas de interesse que deles se desdobram, e, sobretudo, compreender no detalhe o seu método de trabalho.
Publicada integralmente e pela primeira vez em português, esta obra crucial de Marx para o desenvolvimento de sua crítica da economia política consiste em três textos bastante distintos entre si em natureza e dimensão. O primeiro, que só mais tarde o filósofo intitularia “Bastiat e Carey”, foi escrito em um caderno datado de julho de 1857. O segundo, contendo o que seria uma projetada Introdução à sua obra de crítica à economia política, é de um caderno de cerca de trinta páginas, marcado com a letra M e redigido, ao que tudo indica, nos últimos dez dias de agosto de 1857. O terceiro manuscrito, e o mais extenso, compreende a obra póstuma de Marx que ficou conhecida como Esboços da crítica da economia política, ou simplesmente Grundrisse, conforme o título da edição alemã. Tal texto consiste em dois capítulos (“Capítulo do dinheiro” e “Capítulo do capital”) distribuídos em sete cadernos numerados de I a VII. Segundo Francisco de Oliveira, professor de sociologia da Universidade de São Paulo (USP), na capa do livro, “o vigoroso teórico pode ser justamente tido como um escritor de primeira plana; ele tinha, sem muita modéstia, inteira consciência de seu valor literário e, talvez por exagero – e que temperamento! –, tenha deixado na obscuridade muitos textos dos Grundrisse e que estão agora com os leitores do Brasil e de outras paragens para nossa delícia teórica e nossas elaborações na tradição marxista”.
Trabalho de anos de tradução rigorosa diretamente dos originais em alemão, com coedição da Boitempo Editorial e Editoria UFRJ, os Grundrisseconstituem a versão inicial da crítica da economia política, planejada por Marx desde a juventude e escrita entre outubro de 1857 e maio de 1858. Ela seria depois muitas vezes reelaborada, até dar origem aos três tomos de O capital. “O fato de ser uma primeira versão não faz destes escritos algo simples ou de mero interesse histórico. Além de entender o ponto de partida da grande obra de maturidade de Marx, eles permitem vê-la de uma perspectiva especial só possível com manuscritos desse tipo, pois, como não pretendia ainda publicá-los, o autor os considerava uma etapa de seu próprio esclarecimento, concedendo-se liberdades formais abolidas nas versões posteriores”, afirma na orelha o professor de história da USP, Jorge Grespan.
Segundo o tradutor e supervisor da edição, Mário Duayer, mesmo diante de mazelas da vida, o prognóstico de uma crise econômica iminente forneceu a Marx o estímulo para pôr no papel as descobertas de seus longos anos de estudos de economia política e dar uma primeira forma à sua crítica. “Vivendo em extrema pobreza, permanentemente sitiado por credores, cliente habitual de lojas de penhor, castigado por problemas de saúde e devastado pela morte prematura de quatro dos seus sete filhos – decerto em virtude das condições materiais em que vivia a família –, o que de fato surpreende é como ele foi capaz de produzir, nessas circunstâncias, não só um trabalho tão magnífico, uma das obras científicas mais importantes e influentes de todas as épocas, mas, acima de tudo, uma obra motivada por uma paixão genuína pelo ser humano”. 
Trecho do livro
“Carey, cujo ponto de partida é a emancipação da sociedade burguesa do Estado na América do Norte, termina, entretanto, com o postulado da intervenção do Estado para que o desenvolvimento puro das relações burguesas, como de fato ocorreu na América do Norte, não seja perturbado por influências exteriores. Ele é protecionista, ao passo que Bastiat é livre-cambista. A harmonia das leis econômicas aparece em todo o mundo como desarmonia, e os primeiros indícios dessa desarmonia surpreendem Carey inclusive nos Estados Unidos. De onde vem esse estranho fenômeno? Carey o explica a partir da influência destrutiva da Inglaterra sobre o mercado mundial com sua ambição ao monopólio industrial. Originalmente, as relações inglesas foram distorcidas no interior do país pelas falsas teorias de seus economistas. Atualmente, como poder dominante do mercado mundial, a Inglaterra distorce a harmonia das relações econômicas em todos os países do mundo. Essa é uma desarmonia real, de maneira nenhuma baseada meramente na concepção subjetiva dos economistas. O que a Rússia é politicamente para Urquhart, a Inglaterra é economicamente para Carey. A harmonia das relações econômicas, para Carey, baseia-se na cooperação harmônica de cidade e campo, de indústria e agricultura. Essa harmonia fundamental, que a Inglaterra dissolveu em seu interior, ela destrói por meio de sua concorrência no mercado mundial e, assim, é o elemento destrutivo da harmonia universal.”
Sobre a coleção Marx-Engels
A publicação dos Grundrisse coroa o ambicioso projeto da Boitempo Editorial de traduzir o legado de Karl Marx e Friedrich Engels, contando com o auxílio de especialistas renomados e sempre com base nas obras originais. Com 12 volumes publicados, a coleção teve início com a edição comemorativa dos 150 anos do Manifesto Comunista, em 1998. Em seguida foi publicada A sagrada família (2003), obra polêmica que assinala o rompimento definitivo de Marx e Engels com a esquerda hegeliana. Os Manuscritos econômico-filosóficos (2004) vieram na sequência, ao qual se seguiram os lançamentos de Crítica da filosofia do direito de Hegel (2005); Sobre o suicídio (2006); A ideologia alemã (2007); A situação da classe trabalhadora na Inglaterra (2008); Sobre a questão judaica (2010); Lutas de classes na Alemanha (2010); O 18 de brumário de Luís Bonaparte (2011); A guerra civil na França (2011), em comemoração aos 140 anos da Comuna de Paris; e agora os Grundrisse (2011).
Ficha técnica
Título: Grundrisse
Subtítulo: Manuscritos econômicos de 1857-1858: Esboços da crítica da economia política
Título original: Karl Marx Ökonomische Manuskripte 1857/58
Autor: Karl Marx
Tradução: Mario Duayer, Nélio Schneider, Alice Helga Werner e Rudiger Hoffman
Supervisão editorial e apresentação: Mario Duayer
Orelha: Jorge Grespan
Quarta capa: Francisco de Oliveira
Páginas: 792
Preço: R$ 79,00
ISBN: 978-85-7559-172-7
Editoras: Boitempo e UFRJ

Mais Informações:
Ana Yumi Kajiki
comunicacao@boitempoeditorial.com.br
55 11 3875 7285
55 11 8777 6210
Boitempo Editorial
Conheça o site da Boitempo
Conheça o blog da Boitempo
Siga o perfil da Boitempo no Twitter
Acompanhe a página da Boitempo no Facebook

segunda-feira, 20 de junho de 2011

PEDAGOGIAS MARXISTAS 01

O grupo de Estudos e Pesquisas "História, Sociedade e Educação no Brasil" (HISTEDBR), realizou ao longo do segundo semestre de 2010, o curso  PEDAGOGIAS MARXISTAS, realizado na FE-UNICAMP, na turma "História Geral da Educação e da Pedagogia".
São quinze vídeos-aulas que postarei aqui todas, uma a uma, durante quinze segundas-feiras. Espero que aproveitem, comentem e contribuam para o debate. Os vídeos são imperdíveis.

Aula 1 - Apresentação da disciplina
Universidade Estadual de Campinas - Unicamp
Faculdade de Educação - FE
Prof. Dr. José Claudinei Lombardi
Data: 06/08/2010

ASSISTA
http://cameraweb.ccuec.unicamp.br/video/cwY4249w9d/

Boletim (in)Formativo

“A Revolução Cubana 52 anos depois: transformações e desafios”.

O Reitor da Universidade de Brasília e o Embaixador de Cuba no Brasil têm o prazer de convidar para o Ciclo de Debates sobre o Tema “A Revolução Cubana 52 anos depois: transformações e desafios”.
Data: 29 de junho de 2011
Hora: 10 horas
Local : Auditório do Memorial Darcy Ribeiro( Beijódromo).
            Campus Universitário da UnB
Organização:
NESCUBA/CEAM, INT, DCE
EMBAIXADA DE CUBA NO BRASIL
Favor confirmar presença: Conselheiro Edgardo Valdés.
Telefone: 32484710
Email:imprensacuba@uol.com.br
Professor Juarez Rodrigues -  NESCUBA/CEAM
Telefone: 91817706                                              Email:juarez.marodrigues@hotmail.com
Divulgado por:
Assessoria de Assuntos Internacionais- INT
Prédio da Reitoria, sala AT-43
telefone: 3107-0465
Visite o nosso site:
http://www.int.unb.br/

domingo, 19 de junho de 2011

LEITURA OBRIGATÓRIA


Para reforçar a divulgação e o convite à leitura, segue abaixo sumário do último número da Pensar a Prática!



Editorial
QUANDO MENOS É MAIS: POLÍTICA EDITORIAL E O FETICHISMO DO NÚMERO
Cleber Dias, Ana Márcia Silva

Artigos Originais

Kezia Rodrigues Nunes, Amarílio Ferreira Neto

Luis Eugênio Martiny, Samara Queiroz do Nascimento Florêncio, Pierre Normando Gomes-da-Silva

Vanessa Ferreira Lima, Flávia Fernandes de Oliveira, Thiago Sinésio, Márcio Mário Vieira

Néri Emilio Soares Junior

Aline Tschoke, Thais Gomes Tardivo, Simone Rechia

Edison Roberto de Souza, Alba Regina Battisti de Souza, Juarez Vieira do Nascimento, Júlio Cesar Schmitt Rocha

Adriana Coutinho de Azevedo Guimarães, André Manabu Kaneoya, Amanda Soares, Zenite Machado, Sabrina Fernandes

Juarez Alves Neves Jr., Maria Berenice Alho da Costa Tourinho

Maria Luisa Oliveira Cunha, Janice Zarpelon Mazo

Grasiely Faccin Borges, Tânia Rosane Bertoldo Benedetti, Sidney Ferreira Farias

Iara Cristina Galharde Carrasco, Ronê Paiano, Elisbete dos santos Freire

Giuliano Salera Ricci, Heloisa Helena Baldy dos Reis, Rafael Pombo Menezes, Clodoaldo José Dechechi, Cintia Ramari

Artigos de Revisão

Renata Luísa Bona, Leonardo Alexandre Peyré-Tartaruga

Isac Alexandre Ferreira-Silva, Enrico Fuini Puggina

Rosecler Vendruscolo, Doralice Lange de Souza, Fernando Renato Cavichiolli, Suélen Barboza Eiras de Castro

Ensaios

Felipe Rodrigues da Costa, Fabio Padilha Alves, Leonardo Perin Ribeiro

Renata Osborne, Carlos Alberto Figueiredo da Silva, Sebastião Josué Votre