quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Monitores de escolas públicas do DF na luta!

Precisamos de Educação Pública de qualidade. Essa qualidade não é uma qualidade qualquer, uma qualidade numérica/estatística. Necessitamos de qualidade socialmente referenciada, humana. Que possibilite apresentar/construir/refletir/apropriar a humanidade historicamente constituída em cada um de nós.

A educação que se torna "prioridade" em discurso eleitoral se dilui no cotidiano dos trabalhadores que dia a dia estão no batente. A imagem que tenho da educação no Distrito Federal é a de uma gigantesca máquina desumanizada que foi constituída para não funcionar. Do lado do(a) professor(a) sobra abandono, desrespeito, "o se vira", que se transformam em um grande fardo. Dos gestores há os que lutam e buscam alternativas viáveis embasados em projetos progressistas e há aqueles parasitas da máquina pública, que querem somente ou poder ou um cantinho para se acomodar.No meio estão dos alunos(as) recaem a alcunha de indisciplinados, desinteressados, problemáticos.

A escola é como se fosse um jogo de cabo de guerra. O lado mais forte representa os interesses do capital, os interesses do trabalhador e sua força encontra-se diluída em suas especificidades. Por isso, resolvi escrever esse post. `Para falar dos monitores da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, função recém criada na carreira assistência à educação. Os monitores concursados em Ensino Médio dividem-se em duas ocupações: em creches com crianças de 0 a 3 anos e na Educação especial. A primeira questão que beira o absurdo é o fato destes trabalhadores atuarem essencialmente no atendimento direto ao aluno(a). Uma atividade eminentemente pedagógica.

Meus colegas professores / coordenadores pedagógicos lhes imputam essa particularidade. Alguns até tratam mal e descriminam o monitor! Isso não pode!!!! Porém os monitores não recebem, nem respondem legalmente a isso. Esse foi um erro crucial na realização do concurso. Apesar de ser para o nível médio, vários monitores possuem graduações e licenciaturas, fazem o trabalho pedagógico, mas não recebem para isso. Como se chama isso? Eu chamaria de trabalho precarizado.

Outra questão que me levou a escrever esse post, deve-se à nova portaria que apresenta a nova modulação de trabalho. Antes cada monitor ficava com 8 crianças de 0 a 3 anos. O que já é um absurdo, pois crianças dessa idade precisa de um atendimento mais individualizado. Mas a nova portaria publicada obriga cada monitor a cuidar de 22 crianças!!!!


Monitores de escolas públicas do DF estão sobrecarregados





Parece piada, mas não é! é para chorar mesmo!
Ontem o secretário de educação recebeu uma comissão dos monitores, que estão certíssimos de não aceitar isso! espero que esse movimento seja acolhido pelo sindicato de origem o SAE e que o SINPRO também se manifeste a respeito.
Afinal queremos uma Educação Pública de Qualidade! Uma qualidade referenciada no direito à educação que essas crianças possuem!

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