terça-feira, 28 de junho de 2016

1° FESTIVAL DE CINEMA E CULTURA CORPORAL FEF-UnB


Abaixo divulgamos a programação do 1o Festival MESCLAR Cinema e Cultura Corporal referente aos vídeos documentários que serão exibidos no dia 28, 29 E 30 DE JUNHO DE 2016. 
 Sempre das 12h10 às 14h no Auditório da FEF-UNB. 
Venha conhecer um pouco mais sobre a História da Educação Física na UnB. 
Confirme sua participação no evento do facebook
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PROGRAMAÇÃO
1° FESTIVAL MESCLAR DE CINEMA E CULTURA CORPORAL
MOSTRA DE VÍDEOS DOCUMENTÁRIOS: A HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA UNB

Dia 28/06/2016

Grupo 06 – Licenciatura      
20 anos da Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília     
Autores - Ariel Medeiros, Geovana Monteiro, Hillary Evellyn, Natália Gomes e Victor Hugo.                         
Personagens - Prof. Doutor Iran Junqueira 
Tempo de vídeo - 10’45"
Sinopse - O documentário relata uma entrevista com o professor Doutor Iran Junqueira, sobre os -20 anos da Faculdade de Educação Física (FEF) UnB desde o surgimento, até nossa atual faculdade.

Grupo 04–Bacharelado
A infraestrutura do Centro Olímpico da UnB
Autores - Fernando Gomes, Juliana Lima, Luca Galvão e Marcella Miranda.
Personagens - Prof. André Reis, Manoel Siqueira e Cláudio Tavares.
Tempo de vídeo - 12'16"
Sinopse - Apesar do passado brilhante e de referência do Centro Olímpico, infelizmente, nos dias de hoje, devido à falta de manutenção, a qualidade das estruturas não é minimamente compatível com o nível da instituição. Para contarmos esta história, entrevistamos três personagens que possuem grande experiência e conhecimento acerca do assunto.

Grupo 04 - Licenciatura
As Representatividades Estudantis na FEF-UnB
Autores – Fernanda Andrade de Oliveira, Luis Gustavo Ferreira e Pedro Pettengill de Oliveira 
Personagens - Lucas de Oliveira,  Gabriel Fortuna dos Santos,  Maria Eduarda Dornelas, Luiz Eduardo C. Rocha,  Camila P. F. Costa e Carol Muniz Freire
Tempo de vídeo - 13'19"
Sinopse - É fato que muitos alunos ao entrar na universidade não sabem o tanto de oportunidades e vivências que a faculdade pode proporcionar a vida deles, e na Faculdade de Educação Física não é diferente. Apesar de existir grupos de representatividade estudantil na FEF muitos alunos não sabem o que as mesmas podem fazer por eles e da real importância da sua participação. O vídeo tenta esclarecer o funcionamento e o papel de cada grupo de representatividade estudantil e a importância do engajamento dos alunos para a legitimidade das organizações.

Grupo 08 - Licenciatura
Representatividade feminina na história da Educação Física na UnB
Autores - João Gabriel, Lucas Dias Silverio Maria IsabelRicardo Costa da Cunha 
Personagens - Lídia Mara Aguiar Bezerra e Dulce Maria Filgueira de Almeida 
Tempo de vídeo - 9'45" 
Sinopse - Entrevista com as professoras Lídia Mara Aguiar Bezerra e Dulce Maria de Filgueira Almeida, contando um pouco de suas carreiras acadêmicas,  contextualizando  a história da FEF e a representatividade feminina ao longo dos anos.

Grupo 02- Licenciatura
Condições e “oportunidades“ dos servidores da FEF-UnB
Autores - Gabriel Fortuna, Gabriel Pereira Mendonça, Henrique Fechina e Wender Bruno
Personagens - Dirce e servidor da segurança
Tempo do vídeo - 5‘47”
Sinopse - O curta metragem traz a relação de trabalho e do usufruto das dependências da FEF e do Centro Olímpico pelos servidores da Universidade de Brasília.

Grupo 03- Bacharelado
A importância dos projetos de extensão na formação acadêmica na FEF e para a comunidade em geral
Autores - Gabriel Oliveira, Pedro Correia e Thays Rocha.
Personagens – Prof. Marcelo de Brito, Prof. Rafael Dantas e Profa Rita de Cássia.
Tempo de vídeo - 10:02.
Sinopse - O documentário aborda as questões dos projetos de extensão da FEF, suas problemáticas e seus impactos sociais e acadêmicos.




29/06/2016

Grupo 07 - Bacharelado
A Historia da FEF/CO pelos funcionários
Personagens - Roberto Dantas, Josino Pereira e Maria Heloisa (funcionários concursados).
Tempo de Video - 6'14"
Sinopse - A Visão da FEF/CO é contada por meio de relatos de funcionários concursados, com diferentes cargos. Eles descrevem experiências que viveram e contam um pouco do cotidiano na faculdade, destacando vivências que somente a FEF poderia proporciona-los.

Grupo 09 - Licenciatura
A FEF-UnB na vida de um professor: o brilho eterno de uma mente cheio de lembranças
Autores - Aleksander Nogueira, Ana Luíza Faria, Cezar Matheus, Tiago Mota e Vinicius Lima
Personagens - Prof. Jonatas  Maia
Tempo de vídeo - 10'40"
Sinopse - O professor Jonatas Maia conta sobre sua vida acadêmica na UnB e sua vida profissional até chegar ao doutorado e a docência na FEF e também fala sobre  a infraestrutura da FEF e do CO desde a década de 90, quando ainda era aluno desta instituição.

Grupo 10 - Licenciatura
Mudanças curriculares ocorridas na Faculdade de Educação Física da UnB desde sua criação
Autores - Gideone Passos, Renan Rodrigues, Bruno Trindade e Paulo
Personagens - Prof. Iran Junqueira e Prof. Alexandre Rezende.
Tempo de vídeo  - 13'00"
Sinopse- Nesse vídeo foi abordada a questão das principais mudanças curriculares na FEF desde 1997, discutindo o debate atual da divisão da Educação Física em Licenciatura e Bacharelado, nas visões dos professores Iran Junqueira e Alexandre Rezende.

Grupo 05 - Licenciatura 
 A estrutura física como suporte na formação da FEF-UnB
Autores - Mariana Resende, Mirze Melo, Tayane Cynthia e Roque Azevedo.
Duração do vídeo - 14'12"
Sinopse - Profissionais da área de Educação Física falam um pouco de suas histórias enquanto alunos do curso de Educação Física da UnB, tendo como foco principal a infraestrutura física, como apoio para a suas jornadas de aprendizagem. Falam de dificuldades e desafios encontrados, emitem  suas opiniões em relação às expectativas e desejos para com a melhoria dos materiais, assim como da sua importância e influência na qualidade da aprendizagem.

Grupo 01- Licenciatura
A Educação Física na vida de alunos e ex-alunos da FEF-UnB
Autores - Gabriel Pereira Costa, Júlia Pimenta, Ana Luiza Gomes e Yasmim Almeida
Duração do vídeo - 11'48"
Personagens - Carol Muniz, Lucas Alves, Lucas Oliveira (Taka), Renata Lídia Faria
Sinopse - O trabalho tem como preocupação levar as opiniões pessoais de alunos participantes de grupos da FEF, leva em consideração as problematizações/ou não que os estudantes enfrentam em seu período de graduação. esta pesquisa também tem enfoque na valorização pessoal dentro da área, consultando também as opiniões de alunos e ex­-alunos para fundamentar o processo.

Grupo 05 – Bacharelado
Centro Acadêmico, mais que um espaço físico
Autores - Augusto Lima, Brena Ferreira, Leonardo de Sousa e Crisley Sales
Personagens - Camila Paiva e Prof. Júlio César
Tempo de vídeo - 8'13"
Sinopse - O vídeo retrata parte da história do Centro Acadêmico de Educação Física na Universidade de Brasília, que por meio de entrevistas, fotos e vídeos mostra como o CA pode ajudar na vida dos estudantes. E ainda mostra além do espaço físico, as funções, objetivos e obstáculos do centro acadêmico. Foram feitas duas entrevistas com uma atual aluna e com um ex aluno, onde ambos fizeram parte da chapa que comandava o CAEdF.

 Grupo 01 – Bacharelado
A Política de Cotas e seu Impacto na FEF/UnB.
Autores - Fernanda Santos, Gilberto Raso, Michel Amorim e Natália Coelho.
Personagens - Prof. André Reis e Profa. Dulce Filgueira
Tempo de vídeo - 06'42"
Sinopse - A implementação das políticas de cotas, tanto no aspecto racial como também no aspecto social, tem sido uma temática amplamente debatida devido à sua abrangência e à diversidade de opiniões que a envolvem. Pioneira no assunto, em 2004, a UnB foi a primeira Universidade Federal a implantar as cotas no vestibular no Brasil. Para entendermos a história destas políticas e seus consequentes impactos na FEF/UnB, foram entrevistados dois personagens conhecedores dessa temática e possuidores de respeitada carreira acadêmica.

Grupo 02 - Bacharelado
Extensão, Aprendizagem e Inclusão na Educação Física na Universidade de Brasília
Autores - Ana Beatriz Amorim, Bruna Côrtes, Enize Lopes
Personagens - Juarez Sampaio, Rodrigo Costa e estagiária
Tempo de vídeo - 12' 33''
Sinopse - Como surgiu a ideia de desdobramento de uma pesquisa com foco em envolver crianças e jogos, e a participação deste projeto na história da Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília.


30/06/2016

Grupo10 – Bacharelado
A história do Centro Olímpico e da Faculdade de Educação Física na Universidade de Brasília 
Autores - Jhonatan Conrado, Leonardo Amorim, Luan Schenkel, Lucas Rodrigues, Philippe Pacheco 
Professores - Prof. Iran Junqueira
Tempo de vídeo - 11'47"
Sinopse - O centro Olímpico foi criado inicialmente não para atender o curso de educação física, mas sim para a prática da disciplina Práticas Desportivas, então obrigatória para todos os cursos da Universidade. Isso pois na época, o governo militar prezava muito pela parte física e enfatizava essa como importante para a população. Anos depois, o curso de Educação Física se desvincula com a faculdade de saúde e cria seu prédio independente. A partir desses dois acontecimentos, o ícone Iran Junqueira bate um papo interessante acerca de ambos os acontecimentos.

Grupo 09 - Bacharelado
Experiências e o mercado de trabalho voltado para Educação Física de egressos da FEF-UNB
Autores - Álef, André Ruan, Eduardo Marques, Gabriel Rocha.
Personagens – Prof. Carlos Eduardo, Profa. Ana Paula, Profa. Ana Claúdia, Profa Alesssandra Coutinho.
Tempo de vídeo - 15 minutos.
Sinopse - A partir de 4 pontos de vista diferente são analisados os fatos bons e ruins de se graduar na FEF ou departamento de educação física e a atuação no mercado de trabalho de pessoas períodos diferentes de graduação.

Grupo11 - Bacharelado
Importância e impacto das instituições estudantis na vida acadêmica
Autores - Arthur de França, Beatriz Einsfeldt, Bernardo Moreira, Vinícius Garcia.
Personagens - Victor Dantas; Camila Paiva; Marta Vieira; Débora; Gabriel Pellegrim.
Tempo de vídeo - 15' 53''
Sinopse - As instituições da faculdade de educação física da UnB possuem grande importância na formação dos alunos. Entrevistamos representantes dessas instituições, que falaram um pouco de sua importância e suas realizações. Também foi entrevistado um ex-aluno, que expôs sua perspectiva em relação a FEF-UnB.

Grupo 08 - Bacharelado
Problemáticas, conquistas e desafios da Atlética FEF-UNB
Autores - David Felipe, Leonardo Miranda, Danilo A, Joao Pedro T.
 Personagens - Halbert (Bóris) - Ex-Presidente da AAAUNB, Vitor- Vice Presidente da Atlética FEF-UnB - Ruana-Atual Presidente da Atlética FEF-UnB.
Tempo de vídeo - 10'
Sinopse - É descrito a caminhada da Atlética na FEF-UNB. Começa com a AAAUNB contada por Bóris, ele diz quais eram as dificuldades por coordenar uma Atlética para toda UnB e pós-ditadura, e conta um pouco de suas conquistas. Em seguida Vitor e Ruana, direção atual da Atlética HALTERADA FEF-UnB,, contando um pouco sobre quais são os principais problemas, a recente historia da HALTERADA, falam das conquistas e do desafio de montarem uma bateria, abordam ainda sobre projetos e desejos

Grupo 12 - Bacharelado
Funcionários Terceirizados na história da Educação Física na Universidade de Brasília -
Autores - Daniel Duarte, Dannúbia Karoline, Rafael Gaia e Yasmin Nabil.
Personagens - Darci Serafim. Leonardo Paiva e Marília Silva
Tempo do vídeo - 7"15"
Sinopse - Dados dos entrevistados: cooperação dos alunos quanto ao trabalho realizado; existência de algum projeto voltado aos servidores com o objetivo de proporcionar alguma forma de lazer ou bem estar, oferecido pela instituição; se há um sentimento de integração em relação a Faculdade de Educação Física da UnB.

Grupo 6 - Bacharelado
Servidores na história da FEF/CO
Autores - Jully Bandeira, Marcella Pouso e Matheus Henrique.
Personagens - Aloizia Olimpio, Laura Rosa e José Marcos.
Tempo do vídeo - 6'8''
Sinopse - O que seria da nossa faculdade sem os servidores? Esse vídeo retrata a influência que os servidores tiveram na construção da FEF/CO e a que faculdade teve na vida deles, através, de uma entrevista feita com três servidores que fizeram e ainda fazem parte da Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília,

Grupo 03 - Licenciatura
A infraestrutura do Centro Olímpico da Universidade de Brasília
Autores - Pedro Isaac, João Victor, Willy Aleksander e Arthur Araújo. 
Personagens - Raposo, Maciel e Cláudio Tavares.
Tempo de vídeo - 8'16"
Sinopse - Como a maioria dos entrevistados falaram, o início da FEF-UnB foi algo muito animador e bonito de se ver, porém com o passar do tempo e a mudança de dirigentes as mudanças não continuaram, e houve uma estacionada na evolução da faculdade. Para contarmos esta história de uma forma melhor, entrevistamos três personagens que possuem grande experiência e conhecimento do assunto.

Grupo 07 Licenciatura 
Percurso Histórico das Oficinas Esportivas da FEF-UnB
Autores - Carolina Lourenço/Eugenio Sales/Luís Felipe de Sousa/Simão Gomes
Personagens - Luiz Cesar,  Michely Lopes e Kaê Fialho
Tempo de vídeo - 14'21
Sinopse - É um projeto que surgiu em 1992, fundado pelo professor Luiz Cezar, que tem como objetivo proporcionar para as crianças que os pais colocam no projeto, aulas tanto de psicomotricidade, como de diversos esportes, com graduandos da FEF-UnB, que se voluntariam, ganham créditos, bolsa, ou fazem estágio supervisionado, também com a intenção de dar experiência para esses graduandos dentro da Universidade de Brasília



quinta-feira, 16 de junho de 2016

UNBTV DIÁLOGOS: DIREITO AO ESPORTE

Há alguns dias, meu amigo Professor Dr. Pedro Fernando Avalone Athayde da Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília me convidou para participar do Programa Diálogos da UnB. Esse programa consiste em um bate-papo entre dois especialistas de uma determinada área ou tema.

Apesar de telinha não ser um espaço no qual me sinta a vontade, devido a pouca familiaridade, topei o desafio. Feito em uma tomada só, conversamos sobre o Direito ao Esporte, passeando a respeito do marco constitucional, do esporte enquanto necessidade humana e da política pública como garantidora dessas necessidade e do esporte enquanto mercadoria e os megaeventos como expressão dessa relação mercantilizada.

Também debatemos sobre alguns elementos garantidores do esporte como direito, passando pelo marco legal, infraestrutura, manutenção, gestão, programação, formação de trabalhadores de esporte e lazer, controle social e democrático, intersetorialidade e a necessidade da configuração de um Sistema Nacional de Esporte. 

Terminei minha fala lendo umas palavras do texto intitulado "Futebol" do grande Eduardo Galeano, retiradas do livro "Futebol ao Sol e Sombra"

Espero termos dado uma pequena e inicial contribuição ao debate sobre o Direito ao Esporte.



O FUTEBOL

A história do futebol é uma triste viagem do prazer ao dever.
Ao mesmo tempo em que o esporte se tornou indústria,
foi desterrando a beleza que nasce da alegria
de jogar só pelo prazer de jogar.
Neste mundo do fim de século,
o futebol profissional condena o que é inútil,
e é inútil o que não é rentável.
Ninguém ganha nada com essa loucura 
que faz com que o homem seja menino por um momento,
jogando como o menino que brinca com o balão de gás
e como o gato brinca com o novelo de lã:
bailarino que dança com uma bola leve 
como o balão que sobe ao ar
e o novelo que roda, jogando sem saber que joga,
sem motivo, sem relógio e sem juiz.
O jogo se transformou em espetáculo,
com poucos protagonistas 
e muitos espectadores, futebol para olhar,
e o espetáculo se transformou
num dos negócios mais lucrativos do mundo,
que não é organizado para ser jogado,
mas para impedir que se jogue.
A tecnocracia do esporte profissional foi impondo
um futebol de pura velocidade e muita força,
que renuncia à alegria, atrofia a fantasia e proíbe a ousadia.
Por sorte ainda aparece nos campos,
embora muito de vez em quando, 
algum atrevido que sai do roteiro 
e comete o disparate de driblar o time adversário inteirinho,
além do juiz e do público das arquibancadas,
pelo puro prazer do corpo que se lança
na proibida aventurada liberdade.

                                      (Eduardo Galeano)

                               Futebol ao Sol e Sombra

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Porque a Escola e a Universidade sem Partido é um engodo? Manifesto contra a perseguição ideológica e pelo direito de ser Professor


Diante de alguns acontecimentos e de postagens mais frequentes referentes ao Projeto de Lei "Escola sem Partido" e "Escola Livre" e o recente movimento (que se não fosse de grave consequências deveria ser ignorado, tamanho absurdo do intento) denominado "UnB sem Partido",  resolvi publicizar minha opinião,partindo daspremissas que o mito da neutralidade científica é tão somente um mito e que enquanto professor posso errar por excesso, mas nunca por omissão. 


O avanço do pensamento conservador na atualidade é notório, mas isso não quer dizer que não havia antigamente. No entanto, hoje diversos projetos de lei que estão sendo aprovados na Câmara Legislativa não levam em conta os interesses da população brasileira. E isso é péssimo. Lamentável,  Também passamos por um conjuntura em que muitos saem às ruas ou ficam online expressando o que antes tinham vergonha. E isso é bom... e que cada um arque com as consequências do que defendem (em alguns casos como racismo e similares que pague penalmente). Acho bom, porque o debate pode ser franco, direto e sem subterfúgios. O perigo reside quando se cai  no absurdo frequente da polarização, do desrespeito e do discurso ao ódio. 

Infelizmente é aí que o Escola/UnB sem Partido cai! Também cai na deslegitimação e na tentativa de criminalização de parcela de docentes que possuem posicionamento política e embasamento científico divergente do que os partidários dos Sem partidos possuem (Partidários sim!  Porque todos tomam partido de algo,  consciente ou inconscientemente.  E tomaram partido contra os professores de esquerda e a favor de partidos -Tal como o PSDB do Izalci mentor do projeto - que estão se aproveitando retoricamente do apelo desse projeto,  para interesses particulares). 

Oras, não seria a Universidade e a Escola espaços para a pluralidade acadêmica e científica? Será que voltaremos ao tempo da Ditadura Militar onde se perseguiam professores contrários ao regime e onde cerca de 400 professores acabaram deixando a Universidade por essa razão?¹   

Falar de doutrinação é subestimar a inteligência e a capacidade crítica dos estudantes. O estudante não é obrigado a concordar com nenhum professor, bem como precisa buscar fundamentação acadêmica e científica para tal. É claro que pode existir professores que possuem dificuldade em aceitar o discordante.  Mas isso existe em todas as gradações ideológicas presentes no ser humano, da direita à esquerda. Se isso ocorrer o estudante deve  relatar os abusos de qualquer índole e buscar os caminhos necessários para reparação desses atos. 

Quero exemplificar esse meu post com uma experiência pessoal.  Em 2007 ingressei no mestrado e tive a sorte de ter uma orientadora excelente.  Aprendemos rapidamente a trabalhar juntos, eu desenvolvendo a pesquisa e ela me orientando. Ao longo do tempo, ficou evidente que tínhamos divergências no campo teórico, ela Weberiana e eu ainda tentando me firmar teoricamente no Marxismo, por entender que essa matriz filosófica era a que mais chegava perto da minha compreensão de mundo. Ela me respeitou profundamente e ao mesmo tempo que me indicava leituras do seu campo teórico, se desdobrava para me orientar no meu campo. E eu lia o do outro campo e buscava referências no meu campo para contrapor algumas questões...  Esse processo foi riquíssimo tanto pra mim quanto, acredito, que para ela.

Temos na UnB atualmente um quadro plural com professores com diferentes compreensões, metodologias,  experiências.... Que maravilha! Mas perseguir professores que representam parcela minoritária no quadro da instituição representa mais do que um contrassenso! Representa um retrocesso. Falo por consciência de causa, pois só eu sei quais as dificuldades e obstáculos que tive que enfrentar (e superar) pelo fato de ser de "esquerda", marxista, ter sido do Centro Acadêmico e da EXNEEF, ter militância política, sindical, ser contra o CREF etc....

Temos que dar um basta nisso! O professor deve ter liberdade para se expressar, de ter autonomia relativa na construção do seu planejamento, de ensinar e pesquisar sem patrulhamento ideológico, assim como o estudante deve ser respeitado nas suas convições. 

Como já falei,  se algum professor fizer algum ato que não esteja de acordo com a prática docente,  deve ser responsabilizado por isso.... Mas tornar lei um processo que institucionaliza a inquisição e a perseguição a determinados professores e grupos é inadmissível. É triste. É revoltante. Vai no caminho de tornar a Universidade um lugar de intolerância.  A Universidade (e a escola) deve ser o lugar da apreensão crítica do mundo e da humanidade,  qualquer tentativa de amordaçar o professor é mais um ataque a construção de um mundo mais livre,  justo e solidário,  

Pedro Osmar Flores de Noronha Figueiredo
Professor (SEDF/UNB)



1.para saberem mais assistam o excelente filme BARRA 68 de Vladimir Carvalho que trata da interferência da Ditadura Militar na UnB.

terça-feira, 7 de junho de 2016

NOTÍCIAS ACERCA DA AUDIÊNCIA PÚBLICA

A Audiência Pública sobre o "Orçamento do Esporte na LDO do Distrito Federal repercutiu em duas notícias. Uma publicada no site da Câmara Legislativa do DF e outra no site do Deputado Distrital Chico Vigilante.


Pesquisador cobra política distrital de esporte e lazer em 

comissão geral na CLDF


A Câmara Legislativa do Distrito Federal transformou a sessão ordinária desta quinta-feira (2) em comissão geral para debater o orçamento para o esporte na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2017. Em meio ao debate sobre as demandas do setor, participantes reforçaram a necessidade de políticas públicas de Estado para o esporte. E o pesquisador e professor Pedro Osmar Flores de Noronha Figueiredo defendeu a criação de uma política distrital de esporte e lazer.


Doutorando em Política Social pela Universidade de Brasília (UnB), Figueiredo pesquisa as políticas nacionais de esporte, mas afirma que as tendências verificadas ecoam no DF. "O esporte é um direito individual e, em sua dimensão de lazer, é um direito social. É uma necessidade humana para que o cidadão, junto com os demais direitos, possa se desenvolver de forma mais plena e busque alternativas para a superação desta sociedade injusta e desigual", explicou.
Para o professor, uma política para a área tem de considerar o esporte como um direito universal, para todas as idades; com múltiplas modalidades e práticas a serem ofertadas de forma descentralizada. Além disso, ele destaca a necessidade de construção participativa, que "não pode ser pensada só nos gabinetes".
À frente da comissão geral, o deputado Chico Vigilante (PT) também apontou o esporte como uma questão fundamental e defendeu que o setor seja tratado como política de Estado, e não de governo. "O orçamento para a área não pode ser visto como ‘gasto' e, sim, como ‘investimento'", completou.
A secretária de Esporte, Turismo e Lazer do DF, Leila de Barros Rego, concordou: "Quando a gente fala de esporte, é o esporte-inclusão, esporte-cidadania e o esporte escolar. As práticas podem ser parceiras da saúde e tirar jovens de áreas de risco". Ex-jogadora de vôlei, ela lembrou ter aprendido valores como resiliência e ganhado autoestima com a prática desportiva.
Demandas – Coordenador da Rede Urbana de Ações Socioculturais (Ruas), Max Maciel apontou o esporte como uma forma de empoderamento e de direito à cidade. Ele criticou o estado dos espaços para as diversas práticas, a falta de manutenção e a concentração. "O jovem tem dificuldade de ir ao Defer, porque o transporte é caro", argumentou em prol da descentralização dos equipamentos públicos no Plano Piloto.
Assim como outros participantes do debate, Maciel defendeu o esporte como um direito. "É preciso parar de achar que o investimento em esporte deve ser feito só para reduzir a violência. É um direito", disse.
O coordenador da Ruas ponderou, ainda, o impacto da realização das Olimpíadas na cidade. "As pessoas assistem ao revezamento da tocha e veem a estrutura na TV, mas não conseguem interagir com nada disso. Equipamentos públicos abandonados pelo poder público são a realidade", lamentou.
"Na dimensão dos megaeventos, o esporte virou negócio", disse Pedro Flores de Noronha Figueiredo, quem defendeu a criação de um fundo público para democratizar o acesso ao esporte. Segundo informou, dados nacionais revelam que 54% dos brasileiros praticam esportes, dos quais apenas 5% são de alto rendimento; ou seja, 95% praticam por lazer. Na contramão, o pesquisador apontou que a maior parte dos investimentos são destinados a infraestrutura, gestão, alto rendimento e, por último, lazer.
A secretária Leila elencou algumas iniciativas da pasta para a democratização do esporte, como os circuitos de lazer, de corrida e ciclismo. "Estou aberta a sugestões para universalizar, de fato, o esporte", acrescentou.
Com relação aos recursos para o setor, o presidente da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (CEOF) da Casa, deputado Agaciel Maia (PR), pediu o levantamento das necessidades e demandas e se comprometeu a contemplá-las no relatório da LDO.
Denise Caputo - Coordenadoria de Comunicação Social
Fonte: http://www.cl.df.gov.br/ultimas-noticias/-/asset_publisher/IT0h/content/pesquisador-cobra-politica-distrital-de-esporte-e-lazer-em-comissao-geral-na-cldf?redirect=http%3A%2F%2Fwww.cl.df.gov.br%2Fweb%2Fguest%2Fultimas-noticias

VIGILANTE GARANTE RECURSOS NO ORÇAMENTO DE 2017 PARA O ESPORTE



O esporte do DF obteve uma grande vitória na Câmara Legislativa do DF, nesta quinta-feira (02). Durante comissão geral organizada pelo deputado Chico Vigilante (PT) para discutir formas de garantir recursos para as atividades esportivas, o presidente da Comissão de Economia, Orçamento e Finanças (COF), Agaciel Maia,foi sensibilizado e prometeu ampliar os recursos para o setor no relatório final da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) .

4db693aa-ca72-429c-94ec-a701616bb0a0A reunião contou com a presença de representantes do GDF e da sociedade civil ligadas ao esporte, que apresentaram metas e prioridades para potencializar as ações por meio do orçamento do ano que vem. Na ocasião, Vigilante sugeriu a destinação de 1% da Lei Orçamentária Anual (LOA) para o esporte. Essa pasta conta atualmente com apenas 0,3% do orçamento público.

O distrital defendeu, ainda, que o esporte deve ser tratado com a mesma seriedade que os setores da educação e da saúde. Para ele, essa mudança precisa perpassar por uma conscientização da sociedade e do governo em relação à importância do esporte. Ou seja, os recursos destinados ao setor não são gastos, mas sim, investimento.


O esporte deve ser tratado como uma política de Estado, defendeu a ex-jogadora de vôlei e atual secretária de Esporte do DF, Leila Barros, também defendeu a ampliação dos recursos. Para ela, o esporte deve ser tratado como política de Estado por se tratar de uma ferramenta de inclusão social. “Quando a gente fala de esporte, é o esporte-inclusão, esporte-cidadania e o esporte escolar. As práticas podem ser parceiras da saúde e tirar jovens de áreas de risco”, enfatizou Leila.

O coordenador da Rede Urbana de Ações Socioculturais (RUAS), Max Maciel, enfatizou que a sociedade deve encarar o esporte como um direito de todos, e não apenas como um instrumento para tirar jovens da marginalidade.

Ele também criticou a manutenção dos espaços esportivos e a concentração deles em áreas de difícil acesso.  “O jovem tem dificuldade de ir ao Defer, porque o transporte é caro”, disse. Por outro lado, elogiou as vilas olímpicas como exemplo da expansão do esporte nas Regiões Administrativas mais distantes do Plano Piloto.

Já o pesquisador da Faculdade de Educação Física da UNB e professor, Pedro Osmar Flores de Noronha Figueiredo, apresentou um estudo que revela a deficiência dos recursos destinados ao esporte. A maior parte desse orçamento é aplicada em infraestrutura e gestão.

De acordo com a pesquisa, 54% dos brasileiros praticam esporte. Desses, apenas 5% são atletas profissionais de alto rendimento. O restante, 95% praticam por lazer. Por último, Noronha defendeu a criação de uma política distrital de esporte e lazer, pois tais práticas devem ser pensadas pelo poder público em comunhão com a sociedade civil como um direito universal.

Fonte: http://www.chicovigilante.com.br/vigilante-garante-recursos-no-orcamento-de-2017-para-o-esporte/

quinta-feira, 2 de junho de 2016

AUDIÊNCIA PÚBLICA: ORÇAMENTO PARA O ESPORTE NO DISTRITO FEDERAL NA LDO

Amanhã estarei na mesa na condição de pesquisador convidado (Doutorando em Politica Social pela UnB, pesquisador do AVANTE FEF/UNB e GESST SER/UNB e membro do CBCE-DF) dessa Comissão Geral (Audiência Publica) para contribuir pro debate! Compareçam e a ajudem a fortalecer o debate em torno da democratização do acesso ao esporte como direito e da destinação do fundo público para esse fim!
Estão confirmados a comissão geral, representantes das secretarias de Infraestrutura e Serviços Públicos do GDF, de Planejamento, da UnB, do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (CBCE), além do representante da Rede Urbana de Ações Socioculturais.
Também foram convidados, o chefe da Casa Civil do GDF, Sergio Sampaio, a secretária de Esportes, Leila Gomes, e o secretário de Educação, Júlio Gregório.
Serviço:
Comissão Geral debate orçamento para o esporte na LDO 2017
Nesta quinta-feira (2), às 15h, na Câmara Legislativa do DF
Informações: 3340-8090

quarta-feira, 6 de abril de 2016

DEBATE SOBRE MACHISMO NO ESPORTE NA UNB GERA POLEMICA POR POSSÍVEL MÁ FÉ DE REPORTAGEM EM PORTAL DA GRANDE MÍDIA


A pouco publiquei um post sobre um possível problema que teria ocorrido nos Jogos Intercalouros da UnB. No post republicava uma notícia do portal de notícias Metrópoles que dizia ter havido neste evento situações deploráveis de machismo....

Pois bem, fui procurado por alunos e alunas que estiveram presentes no evento e que afirmaram que os fatos foram distorcidos e mais que isso, falseados... A Halterada Unb​ confirmou que vai lançar uma nota que vai prestar esclarecimentos sobre o que realmente aconteceu... Assim que publicar postarei aqui o documento.

A Maquinada (Atletica de Engenharia) e o DAENG publicaram notas de esclarecimentos contrapondo a publicação da grande mídia, as notas estão disponibilizadas nestes links

NOTA DE ESCLARECIMENTO ATLÉTICA MAQUINADA
https://www.facebook.com/unbengenharia/posts/1192011230812171

[Nota de Posicionamento do DAEng]
https://www.facebook.com/DAengUnB/

[CARTA ABERTA A FGA/UnB]
Por: Júlia Inácio de Oliveira, Ex-Vice Presidente do DAEng - Gestão Evolução.
https://www.facebook.com/DAengUnB/posts/1701659316788270:0

Diante de ver o contraditório vou retirar a matéria na integra do post e vou deixar apenas o link da matéria para que todos tenham o acesso a mesma, assim como fiz com os demais:

UnB volta a ser palco de machismo e agressões a mulheres
http://www.metropoles.com/distrito-federal/educacao-df/unb-volta-a-ser-palco-de-machismo-e-agressoes-a-mulheres

De qualquer forma, o debate está lançado, que pese a necessidade de averiguarmos o que realmente aconteceu e vamos acompanhar os desdobramentos do fato. Deixamos esse espaço para todos aqueles que quiserem se posicionar oficialmente sobre o caso...

E aí?
A nossa formação vem dando conta de intervirmos profissional e pedagogicamente nestes espaços acadêmicos?  Qual deveria ser o posicionamento dos futuros professores/as de Educação Física ao se depararem com essa realidade?