A atitude foi tomada porque o acarajé não deveria ser concorrente aos hambúrgueres produzidos pela rede McDonald’s, patrocinadora oficial da Fifa. Aparentemente a entidade teria voltado atrás e liberado a comercialização do bolinho, que é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Iphan, como patrimônio imaterial.
A Tribuna da Bahia entrou em contato com o Escritório da Copa, Ecopa, que disse desconhecer a informação de restrição a eventos na cidade durante o mês de junho. “Cada evento é analisado individualmente pelos órgãos competentes e a sua aprovação leva em conta todas as condições necessárias, de acordo com a regulamentação vigente. Não há nenhum impedimento em relação à realização de eventos na cidade. Pelo contrario, tanto a Prefeitura, quanto o Governo de Estado estão elaborando uma ampla programação de eventos que oportunamente será divulgada, para que todo o cidadão soteropolitano possa ter lazer, cultura e entretenimento durante a realização dos jogos em nossa cidade”, informou a nota da assessoria da Ecopa.
Questionada se a Fifa teria “alugado” a cidade, a Ecopa se manifestou. “Salvador, bem como todas as cidades-sede, tem recebido investimentos em diversas áreas (infraestrutura, requalificação de espaços urbanos, mobilidade, segurança, capacitação de mão de obra, saúde, equipamentos públicos, cultura, turismo), o que tem dinamizado a sua economia, através da geração de emprego e renda para os mais variados setores, trazendo benefícios para toda a população. Tudo isso vem gerando oportunidades que impulsionam o desenvolvimento da cidade e elas estão acontecendo justamente por conta da realização dos jogos. Uma vez bem sucedidos, Salvador poderá se posicionar cada vez mais como uma cidade apta a receber novos eventos em inúmeras áreas”, sinaliza e acrescenta: “Salvador está cumprindo rigorosamente o que determina a Lei Geral da Copa (Lei Federal nº. 12.663/12), no sentido de garantir a realização de todas as atividades previstas com pleno êxito. Assim, estamos trabalhando intensamente para que a capital baiana se torne uma cidade cada vez melhor e seja ainda mais desfrutada por todos os soteropolitanos”.
A proibição era uma exigência da Fifa, restrita ao período da Copa das Confederações e da Copa do Mundo. Contrato com a Fifa cria uma série de restrições para as cidades sede, a exemplo de uso dos espaços publicitários e comercialização de alimentos no entorno dos estádios que não sejam os dos patrocinadores oficiais.
A Tribuna da Bahia, após ouvir duas pessoas – moradoras do Barbalho e Periperi , que tentaram retirar licenças e ouviram recusas por parte dos funcionários do órgão, entrou em contato com a Sucom que disse que o setor responsável pelas emissões de licenças de festas suspendeu as autorizações em junho no aguardo da publicação de um decreto oficial da Prefeitura de Salvador.
A promotora pública Rita Tourinho foi procurada pela Tribuna da Bahia e vai aguardar o decreto da Prefeitura normatizando e liberando o evento para se posicionar.
O que diz a Fifa
Em contato com a Tribuna da Bahia a Fifa esclareceu que "as autoridades locais precisam avaliar se têm capacidade para garantir a segurança, assim como as operações, de qualquer evento que aconteça na sede, além dos dois principais", no caso a Copa das Confederações em 2013 e a Copa do Mundo em 2014.
Destacou, ainda, que os regulamentos "estipulam a não realizaçãode qualquer atividade que possa colocar em risco a organização e a operação – e aqui falamos desde transporte público e hospedagem até segurança - da Copa das Confederações da FIFA e Copa do Mundo da FIFA. Isto é do interesse de todos os espectadores que participam do evento”.
Mas, apesar de restrições tão amplas, a Fifa negou estar abolindo qualquer evento. "Inclusive, em edições passadas das competições, outros tipos de eventos ocorreram nas sedes", ressaltou.
Veja na edição desta sexta-feira (26/4), na edição impressa da Tribuna da Bahia, matéria completa sobre o assunto, com nomes dos assessores ouvidos, números de telefone e todas as informações fornecidas.
Vai ter Festa Junina em Salvador e na Bahia durante a disputa da Copa das Confederações neste ano e da Copa do Mundo, em 2014. Quem garante é o governo estadual baiano que disparou comunicados nesta quinta-feira, depois que o jornal Tribuna da Bahia publicou a notícia com o título: “Fifa proíbe São João em Salvador”.
D
epois do Carnaval, esta é a festa mais popular do Nordeste e movimenta milhões de reais com o turismo. Por isso, a pressa das autoridades municipais e estaduais de garantir que os festejos de junho estão assegurados.
Veja abaixo, as notas enviadas ao Blog do Boleiro. A primeira foi elaborada pelo Secopa, organismo estadual que cuida da Copa do Mundo:
Festejos Juninos durante a Copa das Confederações da FIFA 2013
A Secretaria Estadual para Assuntos da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 (Secopa) informa que são improcedentes as especulações que vêm sendo veiculadas, com relação à proibição dos festejos juninos, pela FIFA, durante a Copa das Confederações da FIFA 2013. A Secopa tem atuado no sentido de fortalecer os festejos juninos. A Secretaria de Turismo do Estado da Bahia também divulgou recentemente uma programação junina específica para o megaevento esportivo de 2013. A Embratur realizou recentemente uma reunião com todas as sedes da Copa, objetivando discutir um plano de fortalecimento do São João, durante os megaeventos esportivos de 2013 e 2014. Ressaltamos também que o Governo do Estado da Bahia irá apresentar um plano, com intuito de fortalecer a festa junina na Copa das Confederações FIFA 2013 e na Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014™, garantindo nossa mais genuína tradição cultural.
O segundo comunicado foi emitido pela Prefeitura de Salvador:
Prefeitura diz que Salvador terá São João durante Copa
Em resposta à notícia “FIFA proíbe o São João em Salvador, publicada pelo jornal Tribuna da Bahia, hoje (25/4), a Prefeitura de Salvador informa que não existe nenhuma proibição para a realização de eventos juninos na cidade. A administração municipal e o governo do estado estão, inclusive, elaborando uma ampla programação de eventos com o objetivo de oferecer ao cidadão soteropolitano e aos turistas opções de lazer, cultura e entretenimento alinhadas à realização do calendário de jogos na cidade durante a Copa das Confederações, em especial valorizando as tradições do São João.
A Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo (Sucom) não recebeu, até o momento, nenhuma solicitação para a realização de eventos nos dias dos jogos da Copa das Confederações. Portanto, a informação publicada pelo jornal Tribuna da Bahia de que ó órgão teria negado qualquer licença não procede.
O secretário do Escritório da Copa em Salvador, Isaac Edington, destacou a importância dos eventos esportivos para o desenvolvimento da cidade. “Salvador, bem como todas as cidades-sede, tem recebido investimentos em diversas áreas (infraestrutura, requalificação de espaços urbanos, mobilidade, segurança, capacitação de mão de obra, saúde, equipamentos públicos, cultura, turismo), o que tem dinamizado a sua economia, através da geração de emprego e renda para os mais variados setores, trazendo benefícios para toda a população. Tudo isso vem gerando oportunidades que impulsionam o desenvolvimento da cidade e elas estão acontecendo justamente por conta da realização dos jogos”, salientou.
“Uma vez bem sucedidos, Salvador poderá se posicionar cada vez mais como uma cidade apta a receber novos eventos em inúmeras áreas. A cidade de Salvador está cumprindo rigorosamente o que determina a Lei Geral da Copa (Lei Federal nº. 12.663/12), no sentido de garantir a realização de todas as atividades previstas com pleno êxito. Assim, estamos trabalhando intensamente para que a capital baiana se torne uma cidade cada vez melhor e seja ainda mais desfrutada por todos os soteropolitanos”, acrescentou Isaac Edington.